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Espera por sabatina de André Mendonça completa 90 dias

Tempo de aguardo do atual indicado à Suprema Corte já é 79% maior que o de Nunes Marques, que também foi escolha de Bolsonaro

  De longe o indicado a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que esperou mais tempo para ser aprovado pelo Senado, se comparado com os 10 ministros da composição atual da Suprema Corte, o ex-advogado-geral da União (AGU), André Mendonça, completa, nesta segunda-feira (11), 90 dias de espera para ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

A espera, que não dá sinais de estar próxima de terminar, tem contado com um fator determinante para ser tão longa: a oposição do atual presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que já chegou até a revelar para pessoas próximas e para o próprio líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), que sequer tem intenção de pautar a sabatina.

O fator político do “chá de cadeira” dado a André Mendonça parece ser uma dedução óbvia se for feita uma simples comparação com o tempo aguardado pelo outro indicado por Bolsonaro ao Supremo, o atual ministro Nunes Marques. A espera do mais recente empossado da Corte foi de apenas 19 dias após a indicação, tempo 79% menor que o aguardado até agora por Mendonça.

O período que levou para que a indicação de Mendonça fosse encaminhada à CCJ, ato meramente protocolar, foi de 36 dias, quase o dobro do que Nunes Marques precisou esperar para que fosse aprovado. Com a indicação do ex-AGU publicada no Diário Oficial no dia 13 de julho, o encaminhamento só foi feito pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), no dia 18 de agosto.

FUX E LEWANDOWSKI ESPERARAM APENAS UMA SEMANA
Se for considerada apenas a atual composição do STF, os ministros do Supremo que tiveram as aprovações mais rápidas foram Ricardo Lewandowski, indicado pelo então presidente Lula (PT) em 2006, e Luiz Fux, indicado por Dilma Rousseff (PT) em 2011. Foram apenas 7 dias entre a indicação dos magistrados e a validação pelo Senado.

Na sequência, aparecem os ministros Dias Toffoli e Roberto Barroso, com 12 dias, Cármen Lúcia, com 13, e Alexandre de Moraes, com 15. Na sétima colocação com o menor tempo de espera aparece o único indicado de Bolsonaro aprovado para o STF, Nunes Marques, com 19 dias.

Por fim, entre os três que precisaram esperar o maior período de tempo aparecem Gilmar Mendes, com 26 dias, Edson Fachin, com 34, e a recordista anterior de espera, Rosa Weber, com 35 dias.

Fotomontagem: Cidade News Online/Valmir Silva

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