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Devassa: Multas a Jair Bolsonaro já passam de R$ 1,6 milhão

Desde que deixou a Presidência, o líder conservador vem sofrendo reiteradas perdas no Judiciário

    Depois da nova condenação de inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (31), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi às redes sociais apontar o valor da multa que lhe foi imposta na condenação: R$ 425,6 mil. Nesse julgamento, a Corte também condenou o general Braga Netto. Ele foi declarado inelegível por oito anos e terá que pagar uma multa de R$ 212,8 mil.

Desde que deixou a Presidência, Bolsonaro vem sofrendo uma devassa por parte do Judiciário.

Somando essa multa a outras já impostas ao ex-presidente, chega-se a um montante de R$ 1.638.608,40 com a Justiça. Essas dívidas estão divididas entre a Justiça Eleitoral e a de São Paulo.

No dia 17 de outubro, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou um projeto de lei do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que anistia as multas decorrentes da falta do uso de máscara durante a pandemia de covid-19. A medida favorece Bolsonaro, que não terá de pagar mais de R$ 1,1 milhão aos cofres paulistas.

Como a lei ainda precisa ser sancionada e tem previsão de começar a valer em 90 dias, as multas do ex-presidente pela falta do uso de máscara ainda estão sendo cobradas na Justiça, em cinco ações judiciais. Quando a lei estiver valendo, a Procuradoria-Geral do Estado terá que pedir o arquivamento de cada uma dessas ações.

MULTAS EM SÃO PAULO POR USO DE MÁSCARA
As cinco multas de Bolsonaro no estado de São Paulo têm o mesmo motivo: falta de uso de máscara de proteção facial durante a pandemia. Quatro são dos dias 20 e 21 de agosto de 2021, quando o ex-presidente esteve nas cidades de Iporanga, Miracatu e Ribeira e Eldorado, no interior de São Paulo.

Nessas quatro ocasiões, ele participou de eventos e não usou máscara. O valor atualizado dessas quatro multas, de acordo com o que está registrado no site da Procuradoria-Geral do Estado, é de R$ 66,7 mil (Iporanga), R$ 92,7 mil (Ribeira), R$ 444,6 mil (Miracatu) e R$ 66,7 mil (Eldorado).

A quinta multa em São Paulo é por causa do 7 de Setembro de 2021. Na ocasião, Bolsonaro participou, sem máscara, de manifestações na Avenida Paulista. A multa desse episódio é de R$ 437,1 mil. Essas cinco multas, juntas, somam R$ 1.107.968,40.

Além da multa de R$ 425,6 mil arbitrada na decisão desta terça-feira (31), Bolsonaro acumula mais R$ 105 mil em outras condenações da Justiça Eleitoral. Veja cada uma delas:

REUNIÃO COM EMBAIXADORES: R$ 20 MIL
A primeira decisão de inelegibilidade de Bolsonaro – no caso da reunião feita com embaixadores do mundo todo – não arbitrou multa. No entanto, esse mesmo episódio já havia sido analisado dentro de outro tipo de processo, chamado representação eleitoral.

Em março deste ano, o TSE condenou o ex-presidente a uma multa de R$ 20 mil, por entender que ele fez propaganda eleitoral antecipada nessa reunião. Bolsonaro recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o ministro Dias Toffoli negou seguimento ao recurso no dia 12 de outubro, mantendo a multa.

USO DE IMAGENS DO BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA NA CAMPANHA: R$ 55 MIL
Tanto o ex-presidente quanto o vice na chapa, general Braga Netto, foram condenados no dia 28 de julho a pagar R$ 55 mil cada um por usar imagens do Bicentenário da Independência do Brasil na campanha eleitoral. Eles desobedeceram uma determinação na Justiça para que não fizessem uso desses registros.

PROPAGANDA PAGA CONTRA LULA: R$ 10 MIL
No dia 28 de setembro deste ano, o TSE entendeu que Bolsonaro impulsionou (termo usado para pagar tráfego nas redes sociais) propagandas negativas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adversário dele, durante as eleições.

A multa para o ex-presidente foi de R$ 10 mil. A coligação dele, Pelo Bem do Brasil, foi multada em R$ 30 mil por causa desse mesmo episódio.

LULAFLIX E VÍDEO SOBRE “KIT GAY”: R$ 20 MIL
Durante a campanha passada, a equipe de Bolsonaro criou um canal chamado Lulaflix, que reunia vídeos contra o adversário político. Na época, o petista levou o caso para a Justiça, mas a ministra Maria Claudia Bucchianeri, do TSE, manteve o canal no ar.

Quase um ano depois, no dia 8 de agosto, a Corte Eleitoral multou o ex-presidente em R$ 20 mil por causa da criação do canal. O TSE entendeu que o Lulaflix disseminava notícias falsas, por causa de um vídeo vinculando o PT ao “kit gay”, e que era um ato irregular de campanha, pela falta do anúncio de que se tratava de propaganda eleitoral.

*Com informações AE

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