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CPI da Covid volta dia 3 e avalia pedir prisão de dono da Precisa

Cúpula da CPI definiu um roteiro que abrange depoimentos, pedido de prisão e afastamento de servidores do Ministério da Saúde

  A Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid retoma os trabalhos no próximo dia 3, para avançar na investigação de um suposto esquema de corrupção na compra de vacinas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Em reunião na noite de quarta-feira (28), a cúpula da CPI definiu um roteiro que abrange depoimentos, pedido de prisão e afastamento de servidores do Ministério da Saúde.

De acordo com o calendário definido, na próxima terça-feira (3) será ouvido o reverendo Amilton Gomes de Paula, fundador da associação Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah). Ele é apontado por ter intermediado informalmente a negociação de vacinas sem garantia de entregas.

Na quarta-feira (4), a intenção é ouvir Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, empresa que assinou um contrato com o Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin, um dos principais focos de investigação. Os senadores apontam indícios de superfaturamento e corrupção na negociação.

Na quinta-feira (5), a CPI quer ouvir Túlio Silveira, advogado da Precisa.

O depoimento de Francisco Maximiano estava inicialmente previsto para ocorrer antes do recesso parlamentar, mas foi adiado após decisão do Supremo Tribunal Federal, que garantiu ao empresário o direito de ficar em silêncio na CPI. A presença dele na semana que vem é incerta. A comissão recebeu a informação de que ele viajou para a Índia e avalia pedir a prisão preventiva de Maximiano.

– Evadir-se do país quando tem uma investigação em curso é crime, e nós não titubearemos em pedir a prisão preventiva [dele] – afirmou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em áudio enviado à imprensa na manhã desta quinta-feira (29).

O senador anunciou ainda que a comissão vai votar um requerimento para bloquear os bens da Precisa Medicamentos e da Global Gestão em Saúde, sócia da companhia, no valor do contrato assinado com o Ministério da Saúde, ou seja, R$ 1,6 bilhão. O contrato foi suspenso após a CPI iniciar a investigação. A fabricante da Covaxin, Bharat Biotech, anunciou no último dia 23 a rescisão do acordo com a Precisa.

Outra ação da CPI após a volta do recesso será pedir o afastamento de agentes públicos acusados de obstruir as investigações. Servidores do Ministério da Saúde estão no foco, mas nenhum nome foi anunciado ainda.

– Nada impedirá o curso das investigações – disse Randolfe.

Após ter o prazo prorrogado, a CPI deve conduzir a apuração até o dia 5 de novembro.

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