“São marginais; temos que extirpar da política esse tipo de gente”
Irmão de prefeito e dois ex-servidores da Prefeitura de Cuiabá foram indiciados pela Polícia Civil
O governador Mauro Mendes (União Brasil) subiu o tom, nesta quinta-feira (7), para criticar os quatro indiciados pela Polícia Civil, acusados de criar e propagar notícias falsas contra ele, outros agentes políticos e empresários em Mato Grosso.
Mendes classificou os indiciados de “marginais que ficam infiltrados na imprensa e política”.
No relatório final das investigações, foram indiciados Marco Polo Pinheiro, o “Popó”, irmão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB); os ex-servidores da Prefeitura de Cuiabá Luiz Augusto Vieira Silva e William Sidney Araújo de Moraes; e o jornalista Alexandré Aprá.
“Eu lamento, profundamente, que essas pessoas existam e estejam praticando esse tipo de crime contra mim, contra a minha esposa, contra meus filhos e contra outros atores também”, afirmou, durante coletiva no Palácio Paiaguás.
Mendes disse que não teve tempo de se aprofundar na conclusão das investigações e negou que vá ter um empenho pessoal para garantir a condenação dos acusados.
Ele, entretanto, defendeu que o grupo responda na Justiça pelos crimes apontados no inquérito.
“Malandro é malandro, então temos que extirpar da política e da nossa sociedade esse tipo de comportamento: pseudo-jornalistas, pseudo-políticos que são na verdade criminosos e que vão responder [pelos crimes]. A Justiça tarda, mas não falha”, completou.
Indiciamento
A Operação Fake News foi deflagrada no final de 2021 pela Delegacia Especializada de Crimes Informáticos de Crimes Informáticos (DRCI) e os quatro alvos foram indiciados pelos crimes de injúria, calúnia, difamação, perseguição (todos na forma majorada), falsa identidade e associação criminosa.
A Polícia identificou uma suposta associação criminosa responsável pela fabricação e disseminação de fake news e arquivos digitais (fotos, vídeos, memes, textos apócrifos e outros) de conteúdo ofensivo contra agentes políticos, empresários e servidores públicos do Estado.
Nas apurações foram colhidos elementos informativos, em mais seis inquéritos policiais que estão em fase conclusiva, sendo possível estabelecer a conexão e coordenação entre os investigados, segundo a Polícia Civil.