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Putin classifica encontro com Bolsonaro como “muito completas e construtivas”

Putin aceitou com gratidão o convite de Bolsonaro para fazer uma visita ao Brasil, as datas da viagem serão acertadas posteriormente.

   O presidente russo, Vladimir Putin, conversou nesta quarta-feira (16) por mais de duas horas com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que chegou a Moscou no dia anterior em visita oficial.

Segundo a Agência de Notícias Russa TASS, os dois líderes, a detalhada troca de pontos de vista que ocorreu entre eles foi construtiva e frutífera. O chefe do Estado russo enfatizou que em muitas questões as posições dos dois países são próximas ou coincidentes.

Putin aceitou com gratidão o convite de Bolsonaro para fazer uma visita ao Brasil, as datas da viagem serão acertadas posteriormente.

Ao contrário dos recentes encontros entre Putin e o presidente da França e o chanceler da Alemanha, a conversa entre o líder russo e seu colega brasileiro ocorreu sem distanciamento social adicional. Antes de começar, Putin e Bolsonaro apertaram as mãos.

Chamando o Brasil de principal parceiro comercial e econômico da Rússia na América Latina, Putin observou que as relações entre os dois países, interrompidas de uma forma ou de outra devido à pandemia de coronavírus, estão sendo restauradas. Em particular, o crescimento do volume de negócios comercial ascendeu a 87%.

Bolsonaro falou de um “senso de solidariedade com a Rússia” e chamou sua visita a Moscou “um sinal para o mundo inteiro” de que as relações entre os dois países “têm boas perspectivas”.

Putin descreveu as negociações como “muito completas e construtivas”. Bolsonaro concordou com essa opinião, chamando a agenda de “frutífera”.

Em comunicado conjunto adotado ao final da reunião, os presidentes “congratularam-se com a saída do comércio bilateral para o patamar pré-pandemia e reafirmaram o interesse mútuo em ampliar e diversificar o leque de comércio bilateral aumentando a participação de bens de alto valor agregado , bem como a cooperação econômica”, com foco em áreas como agricultura, energia, proteção ambiental, defesa, ciência e tecnologia, educação e cultura.

O líder russo observou especificamente que a estatal Rosatom “está pronta para participar da construção de novas unidades de energia no Brasil, incluindo usinas nucleares de baixa capacidade em versões terrestres e flutuantes, onde acumulou experiência única e possui tecnologias que não têm análogos do mundo.”

Entre outros projetos específicos de cooperação, Putin mencionou o trabalho de localização da produção da vacina Sputnik V no Brasil.

Segundo o presidente russo, durante a troca de pontos de vista sobre questões globais e regionais, foi afirmado que as posições dos dois países são próximas ou coincidentes em muitas questões. Moscou e Brasília apoiam uma ordem mundial multipolar baseada no direito internacional e estão firmemente comprometidas com os princípios do multilateralismo e a solução política e diplomática de conflitos.

Putin e Bolsonaro “concordaram em aprofundar a coordenação russo-brasileira na agenda do Conselho de Segurança da ONU”. O Presidente do Brasil agradeceu ao seu homólogo russo o apoio da Rússia à candidatura do Brasil a membro permanente do reformado Conselho de Segurança da ONU, bem como a eleição do Brasil como membro não permanente do Conselho de Segurança da Organização para o período 2022-2023.

Os presidentes da Rússia e do Brasil também destacaram o caráter construtivo da cooperação dentro do G20, falaram a favor de fortalecer ainda mais a parceria estratégica dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) e incentivar o diálogo entre o Mercado Comum Sul-Americano (MERCOSUL) e a União Econômica da Eurásia (EAEU). ).

Os chefes de Estado reafirmaram a necessidade de uma ação conjunta para evitar uma corrida armamentista no espaço sideral e enfatizaram a importância da entrada em vigor do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares.

Putin e Bolsonaro apontaram a importância de iniciar um diálogo sobre proteção florestal para aumentar a cooperação bilateral no campo do desenvolvimento sustentável e no combate às mudanças climáticas. Em sua declaração conjunta, lembra-se que a Rússia e o Brasil possuem as maiores áreas florestais do mundo – a taiga russa e a Amazônia brasileira.

Os preparativos para a visita do presidente do Brasil a Moscou ocorreram em um clima de pressão diplomática dos Estados Unidos, que tentaram cancelar a viagem. Como observou o jornal Folha de S.Paulo, o objetivo de tais esforços de Washington era tentar isolar o líder russo diante das atuais tensões entre Moscou e a OTAN sobre a Ucrânia.

Após quase três horas de negociações, Bolsonaro expressou sua gratidão pela hospitalidade demonstrada pelo lado russo durante sua estada em Moscou e convidou Putin ao Brasil. O convite foi aceito com gratidão. As datas da visita serão acordadas por via diplomática.

Putin visitou o Brasil pela última vez em uma visita de dois dias em novembro de 2019 para participar da cúpula do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul).

 

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