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Defesa nacional em risco? Comandantes das Forças Armadas preocupados com orçamento militar insuficiente

Precisamos equilibrar os investimentos em defesa para que possamos atingir níveis compatíveis com a nossa dimensão territorial e com a estatura geopolítica do Brasil

    O Ministro da Defesa, José Múcio, tem defendido a necessidade de dobrar o orçamento das Forças Armadas do Brasil, que atualmente representa 1,1% do PIB do país. Durante uma recente audiência na Câmara dos Deputados, Múcio argumentou que a maioria dos países conscientes da importância da defesa investem cerca de 2% de seu PIB no setor.

“Os principais países que possuem a sua consciência da importância do setor de defesa aplicam cerca de 2% do seu produto interno bruto nesse segmento. Precisamos equilibrar os investimentos em defesa para que possamos atingir níveis compatíveis com a nossa dimensão territorial e com a estatura geopolítica do Brasil.”disse o ministro

A falta de financiamento adequado tem impactado diretamente a renovação de submarinos, navios e aeronaves. Isso resultou em atrasos na aquisição de equipamentos, incluindo blindados. Segundo a CNN, o planejamento de renovação de 1580 tanques anfíbios Guarani está atrasado, com a data de entrega estendida de 2030 para 2040.

O Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, Comandante da Marinha, alertou para a degradação da força naval brasileira devido às severas restrições orçamentárias. Ele destacou que até 2028, 40% da frota será desativada devido à falta de manutenção adequada e à incapacidade de adquirir suprimentos essenciais, como combustíveis e munições.

Vejam a idade dos navios, a disponibilidade e necessariamente, me força, até 2028, a desativação desses meios operacionais numa ordem de 40% simplesmente porque alcançam o limite, o material tem uma vida e a partir de um determinado momento ele passa a ser anti econômico.”, disse o Comandante da Marinha.

O General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, Comandante do Exército, também expressou preocupações semelhantes. Ele mencionou que o SISFRON, o maior programa de monitoramento de fronteiras do mundo, só teve 20% do orçamento liberado. Sem fundos adequados, a implementação do sistema foi estendida para 2039.

“Corre o risco real de quando a gente chegar na tecnologia para todo mundo, a tecnologia do começo do programa já está obsoleta e o Crime Organizado, o crime transnacional, ele também vai se modernizando e vai utilizando tecnologia reversa contra a tropa e contra as agências de proteção e de segurança pública.” disse o General.
O Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Comandante da Aeronáutica, também enfrenta desafios semelhantes. A entrega dos 36 caças Gripen foi adiada de 2024 para 2027, e as 19 aeronaves KC 390 só devem ser adquiridas em 2034.

Sociedade Militar

FONTE: terrabrasilnoticias.com

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