✦ Saúde

Secretário avisa que sociedade de MT precisa "acordar" e prevê aumento de mortos e infectados

 

 “Estamos somente no início do sofrimento causado pela pandemia de Covid-19 e os números de mortes e infectados continuará aumentando dia a dia, semana a semana, num “desconforto” relacionado ao distanciamento social e incertezas pelo menos até o final do ano e alívio mesmo só virá com a descoberta de uma vacina”. A informação é do secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em live na manhã desta terça-feira (19).

Até a noite de segunda-feira (18), Mato Grosso tinha 1514 casos notificados de síndrome respiratória aguda grave, dos quais 941 foram confirmados como sendo de Covid-19. Entre estes, há 73 pacientes internados, sendo 44 em UTIs e 29 em enfermarias.

Também já foram confirmados 30 óbitos em decorrência do novo coronavírus. De acordo com ele, não faz muito sentido na realidade brasileira a preocupação com a chegada do pico, já que não segue-se corretamente as etapas de contenção e tratamento como política pública unificada, como fizeram os demais países, mas a situação em Mato Grosso se manteve relativamente estável até o momento.

“As pessoas se preocupam com a chegada do pico, mas estamos somente no início. Como secretário, contava com esse aumento à medida em que a gente percebe que as pessoas começam a diminuir o isolamento social, a sair de casa fora da extrema necessidade. É normal que o número de casos aumente”, disse.

Perguntado diretamente se o Estado tem como se não mantiver a baixíssima taxa de ocupação de leitos disponíveis (ainda abaixo dos 3%), suportar a pressão sobre o SUS, cuja tendência é aumentar a ocupação  a cada semana, dada a evolução do uso das UTIs (44 esta semana, contra 22 no dia 08 de maio e 18 três dias antes), Gilberto Figueiredo foi sincero: não há como prever quanto vai aumentar ou se haverá leitos para todos.

“Se vai ser suficiente o número de leitos, infelizmente eu não posso assegurar neste momento. Temos aumentado o número de UTIs disponíveis, queremos adaptar alguns, mas não há como garantir. Eu espero e torço para que seja mais do que suficiente”, confessou.

A evolução do mal causado pelo novo coronavírus em Mato Grosso dá razão à incerteza do secretário. Eram 366 casos confirmados no boletim de duas semanas atrás (terça-feira, 5), enquanto até ontem (18) já eram quase o triplo: 941.

O número de mortos também foi significativo e chocante, ao saltar de 13 para 30 nas mesmas duas semanas. E isso em números oficiais que o próprio secretário já admitiu serem a ponta visível de um iceberg de subnotificação que já foi aceito como de 10 para um, mas estudiosos da USP e da UFMG consideram que pode ser de até 15 para um, conforme a média nacional.

Assim, a travessia da pandemia vai piorar nos meses de junho e julho e, prevê o secretário, deverá se estabilizar somente a partir de agosto. Ainda assim, com novos casos aparecendo até o fim deste 2020. “Vai continuar aumentando o número de infectados. Nós estamos no início e é bom que a população saiba disso. A população precisa acordar. Aquele que pode se isolar, se proteger e proteger os que têm comorbidades que o faça. Estamos no inicio de uma pandemia que ainda pode nos incomodar por muito tempo”.

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