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"Prefeitos têm autonomia, mas depois não adianta brigar por UTIs

  O governador Mauro Mendes (DEM) explicou que os prefeitos de Mato Grosso têm autonomia para decidirem se irão ou não aderir ao novo decreto que sugere medidas mais restritivas a depender da classificação de risco da contaminação da Covid-19.

Para cidades com alto risco de contaminação, que inclui Cuiabá, Várzea Grande e outros 48 municípios, a recomendação é de quarentena obrigatória por 10 dias. Ou seja, fecha todos os serviços que não são considerados essenciais.

Mendes explica que parte do decreto é de caráter orientativo, mas que é necessário os prefeitos tomarem algumas medidas. Caso contrário, mais vidas de mato-grossenses serão ceifadas pelo novo vírus.

“O prefeito pode dizer que não vai decretar nada na cidade dele. Agora, ele tem que tomar providência. Porque não pode um prefeito dizer que não vai fazer nada e ficar depois brigando por leitos de UTIs, querendo mandar pacientes para outra cidade”, disse Mendes.

 

“Ele [se referindo a gestores] tem ao menos que abrir leitos e tomar providências para salvar vidas. Porque se não fizer nada, vai morrer muita gente. Eu não vou ficar de braços cruzados”, emendou.

A declaração foi feita na tarde desta sexta-feira (26) em entrevista ao SBT.

“Não sou rei”

O governador ainda explicou que tem autonomia conjunta com prefeitos e presidente da República para tratar de medidas a conter a disseminação do vírus, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal.

“A gente vive em uma democracia. Eu não sou rei de Mato Grosso, não tenho a capacidade de querer ser sozinho e ditar todas as regras. Vivemos numa democracia”, afirmou.

“O STF que diz que as questões da saúde são concorrentes, ou seja: o presidente, o governador e os prefeitos tem responsabilidade. Então, quando a gente faz a classificação e mostra o quadro, é o que nós estamos recomendando”, acrescentou. 

Segundo o governador, a orientação de medidas mais rígidas pode gerar descontentamento em alguns, mas têm por objetivo salvar vidas.

“Alguém pode até ficar bravo comigo, mas tenho a consciência tranquila. Estamos fazendo tudo isso para salvar a vida das pessoas”, disse.

O que diz o decreto?

Na publicação, que começou a valer nesta sexta-feira, Mendes recomenda a municípios com risco muito alto quarentena coletiva obrigatória no território do Município por 10 dias, prorrogáveis, mediante reavaliação da autoridade competente, podendo, inclusive, haver antecipação de feriados para referido período.

Além disso, determina a suspensão de aulas presenciais em creches, escolas e universidades.

Veja cidades

Conforme a classificação de risco divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quinta-feira (25), 50 cidades apresentaram risco muito alto de contaminação deveram adotar a quarentena por 10 dias.

São elas: Araguainha, Barão de Melgaço, Canabrava do Norte, Itanhangá, Jangada, Juscimeira, Nova Santa Helena, Planalto da Serra, Ribeirãozinho, Santa Cruz do Xingu, Santa Rita do Trivelato, Santa Terezinha, Santo Antônio do Leste, São José do Povo, São José do Xingu, São Pedro da Cipa, Torixoréu, União do Sul, Alta Floresta, Apiacás, Aripuanã, Brasnorte, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Carlinda, Cláudia, Diamantino, Guarantã do Norte, Juara, Juruena, Lucas do Rio Verde, Marcelândia, Matupá, Mirassol D’Oeste, Nova Mutum, Nova Xavantina, Paranatinga, Peixoto de Azevedo, Poconé, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sapezal, Sinop, Sorriso, Tapurah, Várzea Grande, Vila Bela da Santíssima Trindade.

As demais 91 cidades estão em risco alto para o contagio da doença.

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