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Pacheco diz que Congresso não admitirá atentado a sua independência

O presidente do Senado negou que esta declaração se referisse especialmente ao presidente Jair Bolsonaro, que nesta semana disse que não haveria eleição no país caso o voto impresso não seja aprovado.

  Nesta sexta-feira (9), o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que o Congresso não admitirá “atentado” a sua independência e retrocessos de outras décadas. A declaração ocorre em meio às declarações Forças Armadas, após ataques do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

“Quero aqui afirmar a independência do Parlamento Brasileiro, independência do Congresso Nacional composto por suas duas Casas, o Senado Federal e a Câmara, e não admitirá qualquer atentado a esta sua independência e sobretudo às prerrogativas dos parlamentares: palavras, opiniões e votos”, disse Pacheco coletiva de imprensa.

O presidente do Senado negou que esta declaração se referisse especialmente ao presidente Jair Bolsonaro,  que nesta semana disse que não haveria eleição no país caso o voto impresso não seja aprovado.

“E algo fundamental que insisto, embora seja óbvio dizer, mas eu direi, a preservação de algo que é inegociável, o estado de direito e a democracia, o estado democrático de direito que uma geração antes da minha conquistou e a minha tem obrigação de manter. E nós não podemos admitir qualquer tipo de fala, de ato, de menção, que seja um atentando à democracia ou que seja um retrocesso. Portanto, tudo que houver de especulações de algum retrocesso ou a frustração das eleições de 2022 é algo que o Congresso não concorda e repudia. Isso advém da Constituição à qual devemos obediência”, acrescentou Pacheco.

Mais cedo, o comandante da Marinha do Brasil, o almirante de esquadra Almir Garnier Santos, manifestou, por meio de seu perfil no Twitter, apoio às declarações do comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, contra a atuação da CPI  da Covid no Senado.

A crise começou depois que o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz , criticou os militares do “lado podre” que estivessem envolvidos em supostos esquemas de corrupção para compra de vacinas contra covid-19. Em resposta, comandantes das Forças Armadas e o Ministério da Defesa emitiram nota conjunta afirmando que “não aceitarão qualquer ataque leviano”.

“Olha, eu vou dizer uma coisa: as Forças Armadas, os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”, disse o presidente da CPI.

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