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Oposição quer ouvir presidente do BB sobre dívida de “menino da Dilma”

Em 15 de agosto, um mês antes de o acordo ser informado à Justiça, Anderson passou a trabalhar como diretor de Relações Governamentais da Cateno, joint venture de pagamentos na qual o Banco do Brasil possui 30% e a Cielo, 70%.

   O deputado Kim Kataguiri, do União Brasil de São Paulo, vai apresentar à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados pedido para convidar ao colegiado o diretor de Relações Governamentais da Cateno, Anderson Braga Dorneles, ex-braço direito de Dilma Rousseff, e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

O acordo foi apresentado à 23ª Vara Cível de Brasília em 15 de setembro, quase cinco anos após o início da ação de cobrança, em novembro de 2018, e homologado pela juíza Ana Letícia Martins Santini em 9 de outubro. O acerto foi feito entre Anderson e a Ativos S.A., securitizadora de créditos que faz parte do conglomerado do Banco do Brasil e substituiu a instituição financeira como cobrador no processo após cessão do crédito a receber.

Em 15 de agosto, um mês antes de o acordo ser informado à Justiça, Anderson passou a trabalhar como diretor de Relações Governamentais da Cateno, joint venture de pagamentos na qual o Banco do Brasil possui 30% e a Cielo, 70%.

O requerimento a ser apresentado por Kim Kataguiri pede esclarecimentos sobre “indícios de favorecimento” a Anderson Dorneles no acordo. Anderson foi assessor da ex-presidente Dilma Rousseff em seus quase seis anos de mandatos no Palácio do Planalto e, em razão da proximidade com a então mandatária, era conhecido como “menino da Dilma”.

“A gravidade da situação reside no possível conflito de interesses e na suspeita de favorecimento indevido, uma vez que Anderson Dorneles ocupava uma posição estratégica no governo anterior e, agora, ocupa um cargo relevante em uma empresa com participação estatal expressiva. A rápida e significativa redução da dívida, aliada à nomeação política na Cateno, demanda uma análise aprofundada para verificar se houve irregularidades, infringindo princípios éticos e legais”, disse o requerimento.

Metrópoles

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