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Noivinha do Alckmin ou o teatro das tesouras ataca novamente

Essa “filosofia” se baseava nas duas lâminas de uma tesoura, que partiam de lados opostos, mas que ao final se encontravam, buscando o mesmo objetivo: cortar os adversários comuns.

  Se existe um só lugar no mundo onde o impossível pode acontecer e esse lugar pertence à política. À política degenerada.

Para que se compreenda razoavelmente essa aliança política estapafúrdia entre Lula da Silva e Geraldo Alckmin, o primeiro candidato a Presidente da República, e o segundo a seu “vice”, vai ser preciso retornar um pouco na história das “mil” manobras fraudulentas da esquerda na busca do poder político, antigas e mais recentes.

Especialistas em tapear todos os povos “sem noção”, Hegel a Marx, nas suas respectivas “dialéticas”, desenvolveram a “Política (ou estratégia) das Tesouras”, segundo a qual nos espaços “democráticos” de todo o mundo a esquerda sempre adotaria dois candidatos nas eleições presidenciais de que participasse, um de esquerda mais radical, visível, transparente, outro mais moderado, disfarçado, ”escamoteado”, mas que ao final deveriam polarizar a eleição no sentido de assegurar a vitória de um ou outro.

Essa “filosofia” se baseava nas duas lâminas de uma tesoura, que partiam de lados opostos, mas que ao final se encontravam, buscando o mesmo objetivo: cortar os adversários comuns.

O grande politiqueiro do Brasil, professor e sociólogo Fernando Henrique Cardoso, na condição de então Ministro da Fazenda do Presidente Itamar Franco, em 1993,escorado no amplo sucesso do “Plano Real”, elaborado pelos técnicos do seu ministério, fez com que “decolasse” ao natural a sua candidatura a Presidente da República.

E foi nesse “embalo” de prestígio pela obra dos outros que FHC tomou o primeiro avião com destino aos Estados Unidos, combinando antes encontrar-se lá com o líder sindicalista Lula da Silva, líder do Partido dos Trabalhadores-PT, e que em 1990 havia fundado, junto com Fidel Castro, o “Foro San Pablo”, uma organização clandestina plurinacional cuja meta seria a instalação do socialismo em toda a América Latina, com o objetivo de fundar a “Pátria Grande”.

O “intelectual” FHC, representando a organização esquerdista “Diálogo Interamericano, e o PSDB, “espertamente” escolheu a charmosa Universidade de Princeton, dos Estados Unidos, e ali assinou, com Lula, representando o PT e o “Foro San Pablo”, ao que denominaram de PACTO DE PRINCETON, que adotou integralmente a estratégia das tesouras, das dialéticas de Hegel e Marx. ficando estabelecido um “rodízio”, ou a alternância do poder político presidencial no Brasil, entre os candidatos dos principais partidos pactuantes de esquerda, o PSDB e o PT.

Dando início ao “pacto”, no ano seguinte, 1994, FHC venceu a eleição presidencial, “derrotando” o candidato do PT, assumindo a presidência em 1995, conseguindo o direito à candidatura para sua reeleição, após a manobra de de muito “toma lá, dá, cá” com o Congresso Nacional, que aprovou uma emenda à Constituição permitindo a reeleição, que era proibida, e sendo novamente eleito governou até dezembro de 2002.

Em 1993 a “Coroa” do Pacto de Princeton foi repassada para Lula da Silva, que venceu a eleição presidencial no ano anterior, também sendo reeleito e governando até 2010,sucedido por Dilma Rousseff, também do PT, que governou de 2010 a 2016, quando foi “impichada” e substituída pelo “vice” Michel Temer.

Todavia, nas eleições presidenciais de 2018, o “Pacto de Princeton”, do PT e do PSDB, foi derrotado por Jair Bolsonaro, que assumiu a Presidência em janeiro de 2019.

É evidente que se a esquerda quisesse retomar a presidência do Brasil nas eleições de 2022, ela teria que cancelar ou dar uma revisada profunda no Pacto de Princeton, que não funcionou em outubro de 2018. Foi o que fez.

Aparentemente, o “Pacto de Princeton” estaria sendo desfeito pelo fato do PSDB ter deixado de ser uma das “lâminas” da tesoura, para as eleições de outubro de 2022, e “abandonado” o acordo de 1993, concorrendo com seu candidato “oficial” Joao Doria, sem qualquer chance de vitória, segundo todas as pesquisas.

Mas tudo isso não passou de um ridículo “teatrinho”. O teatrinho das “tesouras”.

É evidente que a estratégia das tesouras, adotada no Pacto de Princeton, tinha que ter por base um sistema eleitoral semelhante ao brasileiro, com a possibilidade de um segundo turno das eleições, a ser disputado entre os dois primeiros colocados, os “finalistas” do primeiro turno.

Geraldo Alckmin, ex-Governador de São Paulo, e também “ex”-candidato presidencial, um dos maiores expoentes do PSDB, “fez-de-conta” que desligou-se do PSDB, nessa “remexida” que fizeram no Pacto de Princeton, para ingressar em outro partido socialista, o PSB. Fizeram essa manobra depois de tornar-se pública a “enganação” assinada entre o PT e o PSDB, em 1993, nos Estados Unidos, e que lamentavelmente funcionou bem durante 23 anos, embora fraudassem o verdadeiro espírito da democracia.

Aparentemente, o “Pacto de Princeton” estaria sendo desfeito pelo fato do PSDB ter deixado de ser uma das “lâminas” da tesoura, para as eleições de outubro de 2022, e “abandonado” o acordo de 1993, concorrendo com seu candidato “oficial” Joao Doria, sem qualquer chance de vitória, segundo todas as pesquisas.

Mas tudo isso não passou de um ridículo “teatrinho”. O teatrinho das “tesouras”.

É evidente que a estratégia das tesouras, adotada no Pacto de Princeton, tinha que ter por base um sistema eleitoral semelhante ao brasileiro, com a possibilidade de um segundo turno das eleições, a ser disputado entre os dois primeiros colocados, os “finalistas” do primeiro turno.

Mas como o pessoal da esquerda no Brasil não tem nada de “bobo”, embora muita “safadeza”, considerou a derrota do Pacto de Princeton em outubro de 2018, com a eleição do candidato conservador, liberal, o ex-capitão do exército Jair Bolsonaro. Viram também que a força eleitoral do “capitão” não permitiria que ele caísse fora da eleição já no primeiro turno.

Considere-se que no objetivo do Pacto de Princeton a esquerda já sairia vencedora no primeiro turno, com um ou outro candidato. E foi assim que aconteceu no Brasil de 1995 a 2016,invariavelmente a esquerda disputando segundo turno das eleições.

Para as eleições de outubro de 2022, a esquerda está concentrando as suas forças principais numa só das “lâminas” da estratégia das tesouras, a da esquerda mais “radical”, com Lula na “cabeça”, e Alckmin “vice”, um PSDB “histórico” que trocou de partido só para “inglês ver”, e para “ajeitar”, com muita falcatrua, o Pacto de Princeton às condições políticas do momento.

“De quebra”, a outra lâmina da tesoura, a da esquerda “moderada”, passou a ser composta por um batalhão de candidatos de pequenos partidos de esquerda, apostando em contar com o apoio dessas forças num provável segundo turno contra Jair Bolsonaro. Mas há que se considerar também a expressão política de João Doria, em São Paulo, e o eleitorado “cativo” de Alckmin no mesmo Estado.

Eis o resultado da re/ratificação do Pacto de Princeton, firmado em 1993,nos Estados Unidos, entre o PSDB e o PT, que acionará com mudanças a estratégia das tesouras, de Hegel e Karl Marx, agora objetivando as eleições presidenciais brasileiras de outubro de 2022.

Eis o resultado da re/ratificação do Pacto de Princeton, firmado em 1993,nos Estados Unidos, entre o PSDB e o PT, que acionará com mudanças a estratégia das tesouras, de Hegel e Karl Marx, agora objetivando as eleições presidenciais brasileiras de outubro de 2022.

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