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‘Lugar de bandido não é na política, é na cadeia’, declara Mendes

Os dois pré-candidatos foram presos na cidade de Maceió (AL) e teriam ligação com a facção criminosa Comando Vermelho

   O governador Mauro Mendes (União) disse que a Segurança Pública de Mato Grosso já tinha conhecimento que o crime organizado vem tentando infiltrar pessoas na política do estado e que, por causa disso, vai ser necessária “uma atenção muito maior” das autoridades. A Operação Apito Final, deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (2), apontou que dois alvos sinalizavam pré-candidaturas ao cargo de vereador em Cuiabá. O governador pontuou que não é simples identificar estas pessoas nos partidos políticos.

“Essa informação foi trazida ontem a público, ela é muito importante, relevante e perigosa. Nós já sabíamos e estávamos trabalhando nos bastidores com isso, que o crime organizado vem tentando infiltrar pessoas não só em Mato Grosso, mas no Brasil inteiro, dentro da política, elegendo cargos importantes pra tentar influenciar o poder público por dentro. Então isso é perigoso, isso vai demandar dos órgãos responsáveis […] uma atenção muito maior e acima de tudo, ações muito mais contundentes para evitar que isso aconteça”, disse.

Os dois pré-candidatos foram presos na cidade de Maceió (AL) e teriam ligação com a facção criminosa Comando Vermelho. Mauro disse que esta informação acende um alerta e disse que todos os partidos devem ficar atentos.

“Lugar de bandido não é na política, fazendo aquilo que deve ser feito por cidadão de bem, e sim [seu lugar é] na cadeia, […]. Todos nós temos que estar atentos, todos os partidos. Entretanto, muitas vezes você não tem os mecanismos adequados para perceber isso, só uma investigação e uma materialização dessa investigação pode dar aos partidos, seja ele qual for, elementos para recusar uma filiação ou até para impedir uma eventual candidatura”.

No ano passado, o deputado Wilson Santos declarou que há na Assembleia Legislativa parlamentares eleitos com apoio e financiamento de facções criminosas. Convocado a dar a relação dos políticos eleitos pelo crime, ele não tocou mais no assunto. O Ministério Público Estadual (MPMT) abriu investigação sobre a denúncia, mas ainda não houve resposta sobre o caso.

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