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Julio cita "surpresa" e diz que Mendes deveria ouvir candidatos

 O pré-candidato à eleição suplementar para o Senado, Júlio Campos (DEM), afirmou que foi pego de “surpresa” com o requerimento do governador Mauro Mendes (DEM) pedindo para suspender a realização do pleito, marcado para o dia 26 de abril.

Para Júlio, Mendes deveria ter conversado com os pré-candidatos, especialmente os da sua base aliada, antes de encaminhar o pedido para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).

“Foi uma decisão que nos pegou de surpresa. Não sei se é incoerente, mas eu acho que é um assunto que deveria ter sido conversado até com os pré-candidatos, já que nós estamos todos organizados”, disse.

“Por exemplo, a convenção do DEM está marcada para o próximo dia 11. Já contratamos o local. Já convidamos toda a delegação do interior de Mato Grosso. Vão vir ônibus, comitivas…”, acrescentou.

Conforme ele, deputados e senadores em Brasília também ficaram surpresos com atitude do governador.

“A bancada federal está estupefata lá em Brasilía. Senadores, deputados de Mato Grosso e os candidatos também. Vamos aguardar o que vai ocorrer”, afirmou. 

Questionado se o requerimento de Mendes visa favorecer o ex-vice-governador Carlos Fávaro, já que ele conseguiu na Justiça o direito de assumir a vaga da senadora cassada Selma Arruda (Podemos) até a realização da eleição, Júlio disse que as pesquisas mostram o contrário. 

“Veja bem, o Fávaro já está com o documento dado pelo STF [Supremo Tribunal Federal] para empossá-lo provisoriamente. Agora, está dependendo da mesa diretora do Senado, do trâmite burocrático do Senado. Pode favorecê-lo, mas pelas pesquisas que nós temos, para o Fávaro crescer na competição vai demorar um pouco, tem que ser pelo menos um ano de mandato”, disse. 

O requerimento

No requerimento, o democrata alegou que o rito de cassação da senadora Selma não foi finalizado, portanto inexiste vaga em aberto.

Mendes ainda citou os custos da eventual campanha, que devem ficar em torno de R$ 8 milhões, as dificuldades financeiras do Estado e a situação dos riscos à Saúde Pública, por conta do novo coronavírus, chamado Covid-19.

Na justificativa, Mendes sugeriu que o pleito seja realizado de forma conjunta com as eleições municipais ordinárias, em outubro deste ano.

Segundo ele, desta forma, os recursos que seriam alocados pela Justiça Eleitoral e pela Secretaria de Segurança não terão que ser ampliados, já que as eleições municipais já estão previstas.

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