A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) está sendo acusada por ex-assessores de criar e gerenciar um “gabinete do ódio” próprio.
De acordo com reportagem da CNN Brasil, Joice usava dinheiro público para criação de perfis falsos para atacar adversários políticos nas redes sociais, principalmente os aliados do presidente da República, Jair Bolsonaro.
A emissora apresentou o depoimento de duas testemunhas e prints de conversas em aplicativos de mensagens como provas.
“Serviços que eram prestado para a Joice eram sempre montagem de vídeos e criação de narrativas, uma notícia falta sem saber se era, de fato, verdadeira. A gente criava a narrativa em cima dessas notícias”, disse um ex-assessor, que preferiu manter o anonimato.
“Ela recomendava a criação dos perfis fakes. Mas ela não falava como criar. Ela falava para criar. Se não tivesse resultados, ela iria mandar embora toda a equipe dela de Brasília”, acrescentou.
Questionado pelo jornalista da CNN Brasil sobre o objetivo de Joice com a criação destes perfis falsos. Ele respondeu:
“Ataques a pessoas que se opuseram a ela depois que ela virou as costas para o Presidente da República. Bia Kicis, Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro e Flávio Bolsonaro eram os principais alvos dela.”
Indagado sobre de onde vem o dinheiro para manutenção do gabinete de ódio da Joice, o ex-assessor foi enfático:
“Todos os funcionários de Brasília são pagos com verba de gabinete dela. Então, a Câmara paga por esses perfis falsos.”
CNN Brasil também apresentou prints de supostas conversas no aplicativo WhatsApp entre Joice e ex-assessores.
Em mensagem no Twitter, após a divulgação da reportagem pela CNN, a deputada Joice Hasselmann acusou a emissora de estar recebendo verba da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) para prejudicá-la.
