O ex-governador Júlio Campos (DEM) diz que espera enfrentar rejeição de parte dos eleitores na eleição suplementar ao Senado, que ocorrerá em abril.
Júlio tem extenso currículo na vida pública. Ele já foi prefeito de Várzea Grande, deputado federal, senador, conselheiro e governador de Mato Grosso. E, por isso, avaliou que é um dos pré-candidatos com maior desgaste.
“O pré-candidato que deve ter a rejeição maior deve ser eu. Sou o mais antigo, com 45 anos de vida pública, mas ainda assim tenho grande aceitação […]. Eu tenho certeza que o meu nome é bem aceito pela a maioria do eleitorado em Mato Grosso”, disse o Júlio.
“Graças a Deus e graças ao trabalho que fiz quando fui governador do Estado e principalmente como parlamentar. Atendi muitos municípios de Mato Grosso, sempre fui um municipalista. E isso pesa muito nessa eleição em 2020”, relembrou.
O democrata faz parte de um arco de aliança que também tem como pré-candidato o ex-vice-governador Carlos Fávaro e o atual Otaviano Pivetta, entre outros.
Ocorre que Fávaro é um dos autores da ação em que resultou na cassação da chapa da senadora Selma Arruda (Podemos). Isso, nos bastidores, indicaria uma possível rejeição de parte da população que defende a ex-juíza.
Fávaro foi candidato derrotado na eleição ao Senado em 2018. No pleito, Selma ficou em primeiro lugar com 678 mil votos.
“Realmente não é muito fácil. Tem um desgaste natural. Fávaro tem seu desgaste, como Nilson Leitão tem e Otaviano Pivetta também tem um desgaste alto. Isso porque representam segmentos que talvez a população de Mato Grosso tem um pé atrás. Quer dizer, todos têm desgastes. Vai ganhar aquele que mais interagir com a população”, avaliou Júlio.
Júlio disse que um grupo político realializou pesquisas internas para ver a viabilidade de diversos nomes ao Senado. Entre eles está Júlio, Pivetta (PDT), Fávaro, o deputado federal Nelson Barbudo (PSL) e Leitão.
