A deputada estadual Janaina Riva (MDB) criticou, nesta quarta-feira (31), a adoção de medidas extremas como quarentena ou lockdown nos municípios como forma de frear a contaminação por Covid-19. Para a parlamentar, o efeito será contrário.
Em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, Janaina afirmou que o cenário atual no Estado é “triste e as incertezas são muitas”, mas que o fechamento de comércios, escolas e outras atividades econômicas não terá o resultado esperado.
Conforme a parlamentar, a grande maioria dos parlamentares estaduais compartilha da sua opinião, assim como os prefeitos do interior.
“Todos entendem que o lockdown favorece a aglomeração. Mato Grosso não é como Rio de Janeiro, São Paulo. Perto de Cuiabá mesmo nós temos cachoeiras e rios e não temos efetivo suficiente para dar conta dessa aglomeração”, afirmou.
“Então, não vejo porque fazer lockdown em Mato Grosso. Não acho que trará resultados positivos”, completou.
A emedebista criticou, ainda, que as determinações mais duras tenham partido do Poder Judiciário, após intervenção do Ministério Público Estadual, quando os políticos – que segundo ela estão mais próximos da sociedade – já haviam rejeitado a ideia.
A deputada fez referência, nesse caso, à decisão da presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Maria Helena Póvoas, que mandou 50 municípios do Estado que possuem risco alto de contaminação por Covid – Cuiabá entre eles – para que adotem as recomendações feitas pelo governador Mauro Mendes. No caso, a adoção da quarentena.
“As pessoas, quando escolhem um político para representá-la, de quatro em quatro anos fazem uma reavaliação se querem continuar com esse político ou não. E eu acho importante esse revalida, porque o político tem que estar sempre conectado com a população. Mas o Poder Judiciário, o MPE, eles não passam por isso e tomam atitudes que a população, em sua maioria, rejeitam”, pontuou.
Quarentena em Cuiabá
Nesta terça-feira (30), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que é contra medidas extremas na pandemia, anunciou que irá obedecer a decisão judicial, mas que recorrerá junto ao Supremo Tribunal Federal.
