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Daniel Silveira diz não usar mais tornozeleira após indulto

Parlamentar afirmou que o Judiciário não tem mais nada a fazer após o perdão presidencial

O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) afirmou, neste domingo (22), que retirou a tornozeleira eletrônica que colocou por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ter recebido o indulto individual do presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o parlamentar, o Judiciário não tem mais o que fazer.

– Eu nem poderia usar naquela época. Hoje, é que eu não uso mesmo. Eu fui indultado pela graça. Quando o Judiciário tem o perdão presidencial, é meramente declaratório o reconhecimento. O Judiciário não faz mais nada, só declara a extinção – afirmou Silveira.

Apesar da posição de Silveira, o ministro Moraes sustenta, em decisões recentes em que aplicou multa por descumprimento do uso da tornozeleira – que, somadas, chegam a R$ 645 mil -, que as medidas cautelares não são afetadas pelo perdão de pena concedido pelo presidente.

– O Decreto de Indulto presidencial será analisado em sede própria (…). Enquanto não houver essa análise e a decretação da extinção de punibilidade pelo Poder Judiciário, a presente ação penal prosseguirá normalmente, inclusive no tocante à observância das medidas cautelares impostas ao réu Daniel Silveira – afirma.

Na quinta-feira (19), Moraes determinou ainda o bloqueio de bens móveis e imóveis do deputado. Na decisão, o ministro afirma que a medida tem como objetivo garantir o pagamento das multas pela desobediência às restrições impostas a ele.

– A decretação da indisponibilidade dos bens de Daniel Silveira destina-se a garantir o pagamento das multas processuais aplicadas em decorrência das violações às medidas cautelares impostas, de modo que estão plenamente atendidos os requisitos necessários para a referida providência – escreveu Moraes.

Foi a terceira vez em que Silveira foi multado desrespeitar decisões do STF. Antes, ele já havia sido multado em R$ 135 mil, e no início do mês, em R$ 405 mil. Segundo Moraes, as condutas de Silveira “revelam” completo “desprezo pelo Poder Judiciário”.

– As condutas do réu, que insiste em desrespeitar as medidas cautelares impostas nestes autos e referendadas pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, revelam o seu completo desprezo pelo Poder Judiciário, comportamento verificado em diversas ocasiões durante o trâmite desta ação penal – declarou Moraes.

Silveira esteve em uma “motociata” em apoio ao governo federal que saiu do Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio, até o Monumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, na Zona Sul, um trajeto de cerca de 40 quilômetros.

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