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Coronavírus: vídeo de Bolsonaro falando sobre cloroquina e ivermectina é removido do YouTube

 O YouTube anunciou esta semana que começaria a remover de sua plataforma, vídeos que recomendassem medicações sem eficácia comprovada cientificamente contra o coronavírus.

Considerando que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é um dos maiores entusiastas de medicações como hidroxicloroquina e ivermectina, que já tiveram sua eficácia contra a doença descartada pela comunidade médica, é certo que muitos dos vídeos do presidente relacionados a este assunto fossem excluídos da plataforma.

Na ocasião do anúncio da mudança de política, a equipe do G1 enviou à administração do YouTube trechos de uma live do presidente, realizada em 14 de janeiro, que estava hospedada na plataforma. Em 19 de abril, o serviço lhes respondeu afirmando que o conteúdo havia sido removido.

Mesmo assim, o YouTube ainda conta com outros vídeos do presidente que divulgam tais medicações, que ainda não foram tirados do ar.

Vale lembrar que o YouTube não remove tais conteúdos com base em denúncias, mas sim em uma combinação de inteligências artificiais e análises de pessoas responsáveis por esse departamento.

Nos resta aguardar para descobrir se a plataforma também terá atitudes quanto aos demais vídeos que apoiam esse tipo de conteúdo e quais outras medidas estão sendo tomadas para ameninar a propagação dessas informações que podem ser extremamente prejudiciais.

Coronavírus: YouTube irá remover vídeos que recomendam o uso de ivermectina e cloroquina

O YouTube anunciou, nesta semana, que irá remover qualquer conteúdo de sua plataforma que faça a recomendação de uso de medicamentos sem eficácia comprovada para o combate ao novo coronavírus, neste caso, a ivermectina e a hidroxicloroquina.

A rede social de vídeos atualizou a sua página com as políticas e regras da plataforma, que agora proíbe a publicação de vídeos que recomendam o uso dos dois remédios para o tratamento precoce ou prevenção da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

De acordo com o YouTube, os canais que violarem essa determinação terão o vídeo que infringe a norma removido da plataforma e receberão uma notificação por e-mail. Em casos de reincidência, o usuário ficará impedido de publicar novos vídeos por uma semana e, futuramente, pode ter sua conta removida caso volte a publicar os materiais enganosos.

A rede social explica que essa decisão está alinhada com as orientações das principais autoridades de saúde do mundo em relação ao combate ao novo coronavírus. O YouTube destacou, ainda, que desde o início da pandemia, no ano passado, já removeu 850 mil vídeos que violaram as políticas da plataforma em relação à doença, um número ainda pequeno se comparado com um total de 9,3 milhões de conteúdos removidos entre outubro e dezembro de 2020 por violar as regras da comunidade no geral.

Recomendações de autoridades de saúde

 

No início do mês passado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou um relatório no qual recomenda veementemente que a hidroxicloroquina não seja utilizada no combate à Covid-19. O órgão também pediu, no final de março, que a ivermectina também não seja utilizada para estes fins.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o próprio fabricante da ivermectina também já alertaram que o fármaco não é eficaz no combate ao coronavírus.

No Brasil, o uso da hidroxicloroquina tem sido bastante recomendado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Em razão da não eficácia do medicamento e de sua constante recomendação pelo líder do executivo, o STF enviou, em fevereiro, uma notícia-crime contra Bolsonaro para a Procuradoria Geral da República (PGR).

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