✦ Política

Bolsonaro, o coronavírus e os oportunistas desprezíveis

 Vejam só vocês: temos um presidente da República que não tem o mínimo apoio da classe política, da imprensa, do establishment como um todo. Todos eles não são obrigados a apoiá-lo, afinal, vivemos em uma democracia onde todos os poderes são independentes entre si e suas respectivas atuações funcionam muitas vezes em contraponto aos outros.

O que não é justo é a autoridade máxima da nação não estar no controle de suas atribuições e de suas políticas por estar sendo sabotado o tempo inteiro pelo establishment. Desde a sua posse, Bolsonaro angariou o ódio do estamento burocrático – que nunca aceitou a sua vitória e jurou de morte a sua presidência com declarações como a do deputado Paulinho da Força na época aonde se discutia a Reforma da Previdência. Os larápios de sempre aproveitariam a primeira oportunidade para derrubá-lo. E a pandemia da COVID-19 surgiu como a chance dourada para abortar o seu mandato.

Algumas coisas precisam ficar claras. Em primeiro lugar, apoiar o presidente Bolsonaro e o seu governo não é puxa-saquismo ad infinitum, tampouco burrice ou falta de conhecimento da realidade. Não custa nada lembrar que Jair Bolsonaro foi o primeiro político direitista a chegar à presidência na Nova República e foi um cavaleiro solitário no meio político, enfrentando do deboche dos seus adversários esquerdistas até uma facada de um militante do PSOL. Se hoje podemos discutir projetos de governo envolvendo conservadorismo moral e liberalismo econômico, o presidente tem mérito no rompimento da bolha esquerdista que vigorou – e ainda vigora em muitos setores – desde a década de 1980.

Em segundo lugar: um impeachment do presidente Bolsonaro seria obra da classe política corrupta e a colocaria no poder outra vez. Para os conservadores seria um desastre e para os liberais também, já que o sonho dourado do estamento burocrático é barrar as iniciativas econômicas do ministro Guedes. Além disso, seja lá quem entrar na base aliada de um possível novo governo, estamos falando de políticos ligados ao meta-capitalismo globalista – grupo de poder que sonha com a destruição do livre mercado e com a instauração de um governo mundial – e que mais recentemente baixou as calças para a ditadura comunista chinesa. Recolocar essa gente no Executivo não é apenas burrice no mais alto grau; é irresponsabilidade pura e simples com o país.

A pandemia global do coronavírus é um problema sério a ser enfrentado por todos nós e também pelas autoridades. O presidente Bolsonaro pode ter errado na forma e em parte do conteúdo no seu pronunciamento, mas dizer que ele é incompetente e não está fazendo nada para superar o problema é uma mentira deslavada. Bolsonaro zerou a tarifa de importação de medicamentos utilizados no tratamento do coronavírus, anunciou um pacote de R$ 88 bilhões para estados e municípios no enfrentamento da pandemia e editou uma MP para tentar diminuir os impactos de uma recessão quase certa. Mesmo assim, as medidas foram criticadas pelos mesmos idiotas de plantão por supostamente não serem o suficiente.

A preocupação de Bolsonaro para com os efeitos econômicos desta futura recessão severa são mais do que justificáveis: além do provável desabastecimento de alimentos e outros gêneros básicos, a pobreza pode – e certamente irá – aumentar nas classes mais baixas, naquelas pessoas e famílias que mais necessitam de uma economia forte. Como elas irão enfrentar este período turbulento com tantas dificuldades? Além disso, o governo irá arrecadar menos com a economia parada; consequentemente terá menos receita para ajudar em medidas essenciais no enfretamento da COVID-19. Não vejo como não ficar preocupado com a situação caótica que se desenha nos próximos meses.

Com todo esse cenário ruim, Bolsonaro ainda tem que enfrentar governadores e parlamentares ávidos por poder e autopromoção. João Doria provoca o presidente sempre que pode e esquece das suas atribuições; Ronaldo Caiado citou até Barack Obama para achincalhá-lo nas redes sociais. Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre dispensam comentários. O meio político não quer soluções; quer o estado de crise permanente para ceifá-lo do poder. Não sou eu que estou dizendo: a todo momento os engraçadinhos engravatados pedem outra pessoa no lugar de Bolsonaro. Fechar os olhos para a clara motivação dessa gente é colaborar com ela pela burrice.

O pior é ver muitos liberais e conservadores serem pautados pela grande mídia e pelo estamento burocrático para apoiar um possível impeachment do presidente Bolsonaro. Esses não devem nada ao oportunismo e a falta de escrúpulos dos petistas, psolistas e tutti quanti. Bolsonaro pode ser verborrágico e cometer erros em determinadas ocasiões, mas ainda é o líder direitista mais capacitado moralmente para exercer a presidência da República. Se determinadas palavras suas sobre a COVID-19 são condenáveis, suas ações no combate à pandemia são louváveis. Não enxergar tal quadro é desprezar a realidade em nomes de caprichos irresponsáveis. É dar corda aos canalhas desprezíveis que estão usando deste momento para advogar seus próprios interesses.

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