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Aras pede ao STF que intime Renan Calheiros e Omar Aziz para esclarecer uso de dado sigiloso em depoimento da CPI da Covid

Ao acionar a Justiça, Carlos atribuiu aos senadores crimes como prevaricação e abuso de autoridade ao longo das investigações.

  Nesta quarta-feira (02), o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) demande informações do comando da CPI da Covid sobre o acesso e uso de dados de um inquérito sigiloso durante um dos depoimentos colhidos pela comissão.

O requerimento de Aras responde a uma notícia-crime apresentada pelo vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro, contra o presidente e o relator da comissão – Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), respectivamente.

Ao acionar a Justiça, Carlos atribuiu aos senadores crimes como prevaricação e abuso de autoridade ao longo das investigações.

Segundo o vereador, a CPI atuou de forma política para atacar o presidente Jair Bolsonaro.

A notícia-crime diz ainda que:

  • a CPI deixou de apurar as possíveis irregularidades que permitiram desvios de recursos públicos da União Federal repassados para estados e municípios;
  • o vereador Carlos Bolsonaro não foi chamado a depor, e não há elementos contra ele para ter sido alvo de um pedido de indiciamento pela CPI, uma vez que as implicações envolvem apenas publicações em rede social;
  • houve vazamento de informações sigilosas, inclusive de inquéritos do Supremo.

Aras quer esclarecer como os senadores tiveram acesso e usaram trecho do inquérito que apurava a organização de supostos “atos antidemocráticos” contra o Congresso e o Supremo para questionar o ex-secretário Especial de Comunicação Social da Presidência Fábio Wajngarten durante depoimento à CPI.

De acordo com o PGR, o pedido de informações é necessário para avaliar eventuais desdobramentos, como a abertura de um inquérito e o pedido para anular o pedido de indiciamento de Carlos Bolsonaro por incitação ao crime.

Aras afirmou que “a instauração do inquérito seria prematura e temerária sem a oitiva dos noticiados [Aziz e Renan]”.

Para o procurador-geral, a análise sobre uso de dado sigiloso pode impactar a investigação envolvendo Carlos a partir do relatório final da CPI da Covid.

“No entanto, alerte-se que a potencial responsabilização criminal dos noticiados pode ter, como consequência indireta, o reconhecimento de que a colheita das provas contra o representante fora realizada mediante abuso de autoridade”.

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