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Após fala de Lula, tensão entre Brasil e Israel toma conta da 1ª grande reunião do G20 no país

Inicialmente, a ideia brasileira para o encontro no Rio era focar na reforma da governança global, que tem sido alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao financiamento dos países em desenvolvimento e ao Conselho de Segurança da ONU.

    Os chanceleres das principais economias mundiais estarão reunidos nesta quarta e quinta-feira (21 e 22 de fevereiro) no Rio de Janeiro para o primeiro grande evento do G20 sob a presidência brasileira. A tensão crescente entre o Brasil e Israel provavelmente influenciará os debates e as declarações das autoridades presentes.

O encontro, que acontecerá na Marina da Glória, contará com representantes de todos os membros do G20, incluindo África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Africana e União Europeia.

Durante o período em que está à frente do G20, o Brasil estabeleceu três temas prioritários: inclusão social e combate à fome e à pobreza, promoção do desenvolvimento sustentável e reforma das instituições de governança global.

Inicialmente, a ideia brasileira para o encontro no Rio era focar na reforma da governança global, que tem sido alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao financiamento dos países em desenvolvimento e ao Conselho de Segurança da ONU.

Entretanto, na véspera do evento, a agenda internacional brasileira foi dominada pela tensão com Israel. No domingo (18 de fevereiro de 2024), Lula comparou os ataques israelenses na região ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Na terça-feira (20 de fevereiro de 2024), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, reiterou a exigência de um pedido de desculpas do presidente brasileiro pela declaração em que compara os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Em seu perfil no X (ex-Twitter), o chanceler subiu o tom e disse que a declaração de Lula é “um cuspe no rosto dos judeus brasileiros”. Declarou que não é tarde para que o presidente “aprenda História” e “peça desculpas”.

“Milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler? É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?”, disse Katz.

Pimenta classificou a fala de Katz como notícia falsa: “O chanceler de Israel, Israel Katz, distribui conteúdo falso atribuindo ao Presidente Lula opiniões que jamais foram ditas por ele. Em nenhum momento o presidente fez críticas ao povo judeu, tampouco negou o Holocausto. Lula condena o massacre da população civil de Gaza promovido pelo governo de extrema-direita de Netanyahu, que já matou mais de 30.000 palestinos, entre eles, 10.000 crianças.”

Entenda na linha do tempo abaixo:

  • 18.fev.2024 – Lula compara os ataques de Israel às ações de Hitler contra judeus;
  • 18.fev.2024 – Benjamin Netanyahu critica Lula e classificou sua fala como “vergonhosa”;
  • 19.fev.2024 – ministro de Relações Exteriores de Israel declara Lula “persona non grata” e constrange publicamente embaixador do Brasil no país, Fred Meyer, ao levá-lo para o Museu do Holocausto de Jerusalém;
  • 19.fev.2024 – Brasil chama embaixador Fred Meyer de volta ao país;
  • 19.fev.2024 – ministro de Relações Exteriores do Brasil diz em reunião com embaixador de Israel que Meyer foi humilhado;
  • 19.fev.2024 – no Planalto, avaliação é a de que Lula não pedirá desculpas;
  • 20.fev.2024 – ministro de Relações Exteriores de Israel volta a pedir retratação de Lula e diz que fala do presidente é um “cuspe no rosto dos judeus brasileiros”.

Com informações de Poder 360

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