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&#39Inventaram gabinete do ódio e alguns idiotas acreditaram&#39, diz Bolsonaro sobre CPMI

 O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (4) que “inventaram um gabinete do ódio” e que “alguns idiotas acreditaram” na informação.

“Gabinete do ódio” é como vem sendo chamado um grupo que atuaria no Palácio do Planalto com o objetivo de atacar desafetos do governo Bolsonaro.

O presidente deu a declaração no momento em que a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) dava depoimento à CPMI da Fake News e detalhava como seria a atuação do grupo.

Joice, ex-líder do governo Bolsonaro no Congresso mas que rompeu com o presidente, afirmou que a rede de assessores é comandada pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filhos do presidente Jair Bolsonaro, e seria encarregada de promover ataques virtuais nas redes sociais contra desafetos da família e adversários do governo.

Questionado se tem algum temor em relação ao trabalho da CPMI da Fake News, Bolsonaro respondeu:

“Não, zero, chance zero. Inventaram gabinete do ódio e alguns idiotas acreditaram. Outros idiotas vão até prestar depoimento, como tem um idiota prestando depoimento uma hora dessas lá”, disse o presidente.

Bolsonaro deu as declarações na saída de uma feira popular de produtos importados no Distrito Federal, onde parou para comer pastel acompanhado do ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).

Joice passou a ser alvo de ofensas nas redes após contrariar o governo e deixar o cargo de líder, em outubro. Na ocasião, ela se recusou a apoiar o nome de Eduardo Bolsonaro na disputa pela liderança do PSL na Câmara.

“Carlos e Eduardo são os cabeças, os mentores [do gabinete do ódio]”, afirmou a deputada aos integrantes da CPMI, nesta quarta.

Joice Hasselmann afirma que filhos do presidente têm rede de perfis que espalham fake news

Mudanças na CNH

Bolsonaro afirmou, na entrevista, que acertou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a votação do projeto que altera o Código Brasileiro de Trânsito. Ele acredita que o projeto deverá ser votado na próxima semana.

O presidente defendeu, dentre as mudanças, a ampliação de cinco para 10 anos da validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o aumento do limite de pontos (dos atuais 20 para 40) para suspensão do documento.

Bolsonaro também repetiu que não há necessidade de lei para obrigar pais a utilizarem a “cadeirinha” para transportar filhos em carros.

O projeto de lei propõe eliminar multa para motoristas que transportarem crianças de forma irregular.

“Não precisa ter lei para um cidadão, motorista, zelar pela vida do teu filho, poxa, não precisa de lei. Eu sempre botei [filhos na cadeirinha], independente de lei. É igual cinto de segurança, sempre usei, independente de lei. Muita lei atrapalha, o povo vai se conscientizando da sua responsabilidade”, afirmou.

Pastel na feira

Bolsonaro disse a jornalistas que visitou a feira de produtos populares, no Distrito Federal, para “sentir” como a população avalia o seu governo, já que o local recebe diariamente um grande número de pessoas.

“Tive informações na questão econômica que o número de pessoas vindo aqui é muito grande. É sinal de que a economia está reagindo e sentimos o povo aqui em relação a críticas ou elogios. Graças a Deus não teve crítica nenhuma”, declarou.

Bolsonaro disse esperar que a economia melhore em 2020 e que gostaria de dar empregos para os brasileiros como presente de natal.

O presidente deixou o Palácio do Planalto à tarde e seguiu no comboio presidencial por cerca de 14 quilômetros até a feira. Bolsonaro disse que mantinha o hábito de visitar o local e comer pastel.

O ministro Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política do governo, interrompeu sua agenda em dia de votações no Congresso para acompanhar o presidente.

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