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PF intima Eduardo e Carlos Bolsonaro a depor no inquérito do STF sobre supostos atos antidemocráticos

 A Polícia Federal (PF) intimou o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro a deporem como testemunhas no inquérito ilegal 4828 do Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga supostos “atos antidemocráticos”. A informação é da CNN Brasil.

O depoimento de Eduardo está previsto para ocorrer no próximo dia 22. O de Carlos estava previsto para ocorrer no dia 10 de setembro deste mês. A PF, segundo a emissora, não informou se ele foi realizado. 

A CNN obteve acesso aos autos do inquérito inconstitucional do STF, que tramita sob segredo de Justiça. A autora da intimação é a delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, responsável pelas investigações. As oitivas ocorrem em um momento em que os investigadores avançam para apurar a chamada “monetização” dos “atos antidemocráticos”. A linha de investigação é no sentido de levantar um esquema de financiamento e até mesmo lavagem de dinheiro na organização desses supostos atos. 

Também nos autos do inquérito, a Procuradoria-Geral da República, de Augusto Aras, atua para limitar os investigados e evitar se chegar ao entorno presidencial. Em uma petição de 11 páginas assinada no dia 27 de agosto pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jaques, braço-direito de Augusto Aras, a PGR deixa claro que nem o presidente Jair Bolsonaro nem assessores próximos a família presidencial devem ser investigados por ora.

“Ao ofendido ou a quem o representa legalmente, é permitido indicar providências suscetíveis de fornecer os elementos de prova que faltam para a elucidação do caso. Ao imputado, igualmente, é conferida a possibilidade de promover, desde logo, os dados capazes de ilidir a acusação, pedindo qualquer diligência que considere útil aos interesses da própria defesa. Em um ou outro caso, no entanto, as diligências pedidas só serão deferidas caso satisfaçam critérios de conformidade e oportunidade estabelecidos, em última análise, pela autoridade que detém a titularidade da ação penal”, disse a PGR. E conclui manifestando-se “contrariamente aos pedidos formulados por terceiros allheios às apurações, de inclusão dos investigados e de sugestão de diligências a serem realizadas”.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito, não se manifestou ainda sobre a posição da PGR.  Porém, a investigação, avança sobre a suposta “monetização”. Em despacho recente, a delega Denisse Dias Ribeiro pede a Alexandre de Moraes diligências contra o Foco do Brasil, um dos principais canais conservadores do país e que transmitiu ao vivo as manifestações pacificas no dia 19 de abril deste ano e que motivaram a abertura do inquérito.

“Identificou-se que o Foco do Brasil monetizou, entre março de 2019 e maio de 2020, o montante de US 330.887, dados que reforçam a necessidade de realização de ação de busca e apreensão no local”. O valor ultrapassa R$ 1,5 milhão. O mandado foi autorizado por Alexandre de Moraes.

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