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Mulher diz ter perdido R$ 3 mil com ‘golpe do engajamento’; Entenda

Ao dar queixa na 72ª DP, a mulher descobriu que outras pessoas relataram histórias semelhantes.

    A Polícia Civil do RJ está investigando o “golpe do engajamento”. Uma mulher diz ter perdido R$ 3 mil diante da promessa de ganhar dinheiro assistindo a vídeos e dando curtidas no conteúdo em redes sociais.

A vítima, que registrou o caso na 72ª DP (São Gonçalo), recebeu a seguinte mensagem:

“Olá, sou Jessica, do Brasil, sou assistente de RH na Digital Gurus. Temos um trabalho para o qual precisamos de ajuda e estamos dispostos a pagar de R$ 10 a R$ 1.448. Você gostaria de tentar?”

Ela topou e recebeu as “instruções”. A proposta era cumprir 18 tarefas, e as primeiras eram assistir a vídeos e aumentar o engajamento de páginas nas redes sociais — curtindo, comentando e compartilhando.

Mensagens do golpe do engajamento — Foto: Reprodução/TV Globo

Foto: Reprodução/TV Globo.

R$ 500 nos primeiros dias

“De primeira, já te dão um valor que cairia direto na sua conta para você ingressar. Começou com vídeos de 10 minutos”, descreveu. Nos primeiros dias, ela recebeu R$ 500.

Quando chegou na 4ª etapa, porém, “já mudou a história”: ela teria que aplicar valores num site de criptomoedas indicado pelo grupo — o dinheiro investido voltaria com juros, disseram.

“Depositei esse valor, e eles falaram que era para fazer outro ainda no mesmo dia. Desesperada, pedi emprestado para minha irmã e para minha mãe, uma coisa horrorosa”, lembrou. Foram 4 aportes, sem retorno. Depois disso que a mulher se deu conta do golpe.

Ao dar queixa na 72ª DP, a mulher descobriu que outras pessoas relataram histórias semelhantes.

“O delegado falou que não ia dar em nada, porque era ‘mais corriqueiro que pão’. ‘Provavelmente nem o dinheiro do banco você vai ter ressarcimento, vai ficar por isso mesmo’”, citou.

Mensagens do golpe do engajamento — Foto: Reprodução/TV Globo

Foto: Reprodução/TV Globo.

Riscos de fraude

O advogado Luiz Augusto D’urso, especialista em crimes cibernéticos, afirma que “não existe pagamento por interação nas redes sociais”. “Sempre quando alguém oferecer essa ‘grande oportunidade’ de assistir a vídeos e dar likes, desconfie.”

D’urso destacou também os “investimentos” disfarçados de pirâmide. “Não existem rendimentos de mais de 1,5% ao mês. Tudo que for acima disso tem grandes chances de ser uma fraude”, alertou.

“Todos que foram vítimas devem procurar a polícia, mesmo que virtualmente, e ainda que o prejuízo seja baixo. Isso serve como estatística e é o que leva à instauração de inquérito para que a polícia possa investigar e desmantelar essas quadrilhas”, explicou.

Em nota, a Polícia Civil informou que a investigação está em andamento e que agentes realizam diligências para apurar os fatos.

Fonte: g1

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