✦ Mundo

Vídeo de morcegos em Wuhan retoma polêmica sobre origem do coronavírus

  O debate sobre a origem da pandemia do novo coronavírus ganhou mais um episódio após a divulgação de imagens que mostram morcegos vivos no interior do que seria o laboratório de Wuhan, na China. As informações foram veiculadas pelo programa Fantástico, da Rede Globo.

Instalação de segurança biológica máxima, o laboratório P4 foi construído em colaboração com a França após a epidemia de SARS (síndrome respiratória aguda grave), em 2002, e foi inaugurado em 2017, a fim de que os chineses pudessem lidar com vírus letais e se preparassem para novos surtos.

Chama atenção, porém, que um trecho do vídeo da inauguração do laboratório mostra imagens de morcegos dentro de gaiolas em uma instalação e pesquisadores alimentando os animais. As cenas são exibidas enquanto o narrador do conteúdo audiovisual afirma que “por dez anos, a equipe da virologista Shi Zhengli coletou mais de 15 mil amostras de morcegos em muitos lugares da China e da África, rastreou a origem do vírus SARS e isolou variedades de novos vírus”.

Conhecida como “mulher morcego”, Shi Zhengli é diretora do Centro de Doenças Infecciosas Emergentes do Instituto de Virologia de Wuhan.

– Depois de mais de 10 anos de pesquisa, provamos que o vírus SARS se originou dos morcegos. E também descobrimos que os morcegos são portadores de muitos outros vírus. Os resultados da nossa pesquisa fornecem uma base importante para a prevenção e controle de novos vírus infecciosos no futuro – declara Shi Zhengli, no vídeo.

O vídeo foi encontrado em um site chinês pelo grupo virtual Drastic, formado por detetives virtuais amadores que investigam a origem da pandemia de Covid-19. As imagens foram divulgadas pela Sky News Austrália.

– Não é fácil encontrar um vídeo desses, porque o título nem sempre traz as palavras-chave para facilitar a busca. Tem de vasculhar muito, até tropeçar naquilo que interessa – declarou o engenheiro francês Gilles ao Fantástico.

António Duarte, também integrante do grupo Drastic, admite que “é impossível provar 100%” que as instalações com os morcegos que aparecem no vídeo fiquem de fato no laboratório, mas que “qualquer observador independente vê que é um indício muito forte de que esses morcegos existiam lá”.

Caso fosse comprovado que a instalação pertence ao laboratório, o vídeo corroboraria para reforçar a tese de que o novo coronavírus tenha escapado do local. As imagens reacenderam o debate internacional sobre o assunto.

O grupo Drastic é o mesmo que, em 2020, localizou um artigo científico em que os pesquisadores de Wuhan relatam ter encontrado um novo vírus, sem detalhar como. O grupo descobriu ainda outro artigo chinês sobre este vírus e que o patógeno teria sido colhido pelos pesquisadores em uma caverna infestada de morcegos, em 2012, a 1.500 km de Wuhan. Na época, 6 trabalhadores teriam contraído uma doença com sintomas semelhantes aos da Covid-19 e três deles teriam morrido.

No início deste ano, a OMS (Organização Mundial da Saúde) esteve na China para realizar um estudo sobre as origens da pandemia. A pesquisa gerou resultados “inconclusivos”, mas ressaltou que a transmissão por meio de outro animal é o cenário mais provável.

Os Estados Unidos criticaram o relatório e apontaram falta de transparência nas investigações. Neste mês, o presidente Joe Biden e os demais líderes mundiais do G7 pediram um novo estudo, com mais informações, sobre as origens do Sars-CoV-2.

Fonte: Pleno News

Participe do nosso Grupo
Entre no grupo do CIDADE NEWS OFICIAL no WhatsApp e receba notícias em tempo real GRUPO 1 | GRUPO 2

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Feito com muito 💜 por go7.com.br