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Reviravolta: votação em estado dos EUA pode selar vitória de Trump no partido; ENTENDA

Isto torna New Hampshire um tudo ou nada para Haley, que foi embaixadora da ONU no governo Trump e que aparece atrás de seu antigo chefe nas pesquisas nesse que é considerado seu estado mais forte

    As primárias republicanas em New Hampshire, nesta terça-feira, 23, são apenas a segunda etapa da disputa pela nomeação republicana, mas podem já definir quem será o candidato do partido nas eleições dos Estados Unidos de 2024. Após a desistência de Ron DeSantis, no domingo, a disputa se concentra entre o ex-presidente Donald Trump e Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul.

O ex-presidente obteve uma vitória clara contra DeSantis em Iowa, na semana passada, com Haley em terceiro lugar. Até hoje, nenhum candidato deixou de conquistar a indicação republicana depois de vencer as primárias nos dois primeiros estados.

Isto torna New Hampshire um tudo ou nada para Haley, que foi embaixadora da ONU no governo Trump e que aparece atrás de seu antigo chefe nas pesquisas nesse que é considerado seu estado mais forte.

Trump, de 77 anos, redobrou seus ataques a Haley na semana passada, chamando-a de “não inteligente o suficiente” e de não conseguir conquistar o respeito dos eleitores. Ele voltou a atacá-la no domingo, elogiando DeSantis como uma “pessoa muito capaz”, ao aceitar o endosso do governador da Flórida diante de seus apoiadores.

“Sem o apoio, acho que teríamos obtido todos esses votos”, disse ele, sob fortes aplausos, na sede de sua campanha em Manchester. “Porque temos políticas similares, com fronteiras fortes, boa educação, impostos baixos, pouquíssimas regulações, o mínimo possível, coisas sobre as quais (Haley) realmente não fala, porque ela é uma globalista”, acrescentou.

Haley criticou Trump recentemente, referindo-se às suas capacidades mentais quando questionou-o por tê-la confundido com a veterana democrata Nancy Pelosi em um comício de campanha. “Simplesmente não está no mesmo nível de 2016. Acho que estamos vendo um pouco desse declínio. Mas, mais do que isso, o que direi se concentra no fato de que, não importa do que se trate, o caos o persegue”, afirmou, em entrevista à rede CBS.

Última resistência

Com DeSantis fora de cena, Haley busca apoio no alto percentual de eleitores independentes de New Hampshire — que podem votar nas primárias de qualquer partido e normalmente optam por candidatos mais moderados — para montar o que alguns analistas descreveram como sua “última resistência”.

Mas não será fácil, com uma média de 15 pontos atrás de Trump nas sondagens dos sites RealClearPolitics e FiveThirtyEight e em uma situação de aparente estagnação. Se Haley obtiver resultados excelentes na terça-feira, ela poderá tornar-se uma ameaça genuína para o ex-presidente em seu estado natal, a Carolina do Sul, no final de fevereiro.

“Acho que seria ótimo para nós ter Nikki Haley como presidente”, disse à AFP Madison Gillis, de 18 anos, que votará pela primeira vez. “Acho ela incrível. Gosto do que ela representa e acho que ela tem uma chance aqui em New Hampshire”, completou.

New Hampshire é um pequeno prêmio em uma longa disputa, já que destina apenas 22 dos 2.429 delegados que farão a indicação na convenção republicana em Milwaukee, em julho. Mas é um indicador mais confiável do sucesso eleitoral em nível nacional do que os estados mais conservadores, e é visto como um indicador das próximas primárias.

A chamada “Super Terça-feira” em, 5 de março, terá 874 delegados em disputa e pode fazer um pré-candidato alcançar em torno de 75% do total necessário para a nomeação.

Os assessores de Trump apostam em estar em posição de encerrar a corrida uma semana depois da Super Terça e querem que ela termine em abril, ou seja, quase certamente antes do início de qualquer um de seus julgamentos criminais.

Para acompanhar os principais passos das eleições nos Estados Unidos e entender os detalhes da disputa, ouça o podcast “O Caminho da Casa Branca”, uma produção da EXAME em parceria com a Gauss Capital. O programa está disponível no YouTube e no Spotify.

Exame/Com informações de AFP

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