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Coreia do Norte tortura, escraviza, estupra e mata cristãos, mostra relatório

Um dos casos mais chocantes citados no documento é a prisão perpétua de um bebê de 2 anos e de toda a sua família, apenas porque os pais foram flagrados com a Bíblia em 2009.

   A ditadura comunista de Kim Jong-un ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de perseguição aos cristãos

A ditadura comunista da Coreia do Norte tortura, escraviza, estupra e mata cristãos, segundo o Relatório Internacional de Liberdade Religiosa de 2022, dos Estados Unidos. O Departamento de Estado divulgou o documento em 15 de maio deste ano.

Com uma população estimada em 26 milhões de habitantes, a Coreia do Norte tem entre 200 mil e 400 mil cristãos professando a sua fé na clandestinidade — a maioria deles protestante. De acordo com o relatório norte-americano, 70 mil cristãos estão presos no país asiático por motivações religiosas.

As ameaças aos cristãos na Coreia do Norte

coreia do norte
Os homens cristãos da Coreia do Norte, quando têm a “sorte” de não ser mortos ou escravizados, recebem as posições mais baixas em universidades e em locais de trabalho | Foto: Reprodução/YouTube/Voice of the Martyrs USA 

O documento tem entre suas fontes a organização cristã Portas Abertas, que envia ajuda para religiosos perseguidos em todo o planeta. A vida dos cristãos norte-coreanos “é um caldeirão de pressão constante: captura ou morte estão a apenas um erro de distância”, segundo o relatório.

Um dos casos mais chocantes citados no documento é a prisão perpétua de um bebê de 2 anos e de toda a sua família, apenas porque os pais foram flagrados com a Bíblia em 2009.

Como a Coreia do Norte é o país mais fechado do mundo, as informações sobre a vida naquele Estado são reunidas por pessoas que conseguiram fugir de lá e por ONGs que conseguem enviar ajuda àqueles que ainda estão sob a ditadura asiática.

Uma das fontes do documento é um relatório de 2021, da organização Korea Future, que entrevistou 237 sobreviventes, testemunhas e violadores de direitos da Coreia do Norte. A maioria dos entrevistados é formada por vítimas. Ao todo, 151 mulheres cristãs refugiadas relataram diversos tipos de opressão por intolerância religiosa, incluindo prisões arbitrárias, torturas, trabalho forçado e, em alguns casos, estupro.

Os refugiados fazem relatos de cristãos sendo brutalmente torturados, mortos e encarcerados em gulags — como são chamados os campos de concentração comunistas. O Portas Abertas, que mantém vivos cerca de 80 mil cristãos norte-coreanos com alimentos, relata ainda que mulheres cristãs se tornam escravas sexuais. Em alguns casos, também sofrem abortos forçados. Já os homens cristãos, quando não são mortos ou escravizados, recebem as posições mais baixas em universidades e em locais de trabalho.

Há igrejas legalizadas na Coreia do Norte, mas os refugiados daquele país alegam que elas são apenas “vitrines” para os estrangeiros. O objetivo do regime comunista é parecer democrático. Hoje, a Coreia do Norte ocupa o primeiro lugar na Lista Mundial de Perseguição aos cristãos, publicada anualmente pelo Portas Abertas desde 1993.

Revista Oeste

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