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Marcelândia: A Coordenadora de Atenção Básica diz que serão ofertados alguns serviços em comemoração ao dia mundial da saúde

Em parceria com o Cras será ofertado atualização cadastral do CAD. ÚNICO e orientação do INSS.

   A Secretaria Municipal de Saúde estará ofertando serviços no Dia Mundial da Saúde, comemorado todos os anos a 7 de Abril desde 1950, celebra a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS), fundada dois anos antes. Os serviços ofertados Serão:

  • Pesagem do usuário do usuário do programa auxílio Brasil (Antigo Bolsa Família)
  • Cadastro e atualização do cartão SUS
  • glicemia capilar e aferição de pressão arterial e controle do hiperdia
  • vacina de rotina vacina contra covid-19 acima dos 12 anos
  • teste rápido de HIV, Hepatite B, Hepatite C e  sífilis
  • orientações sobre saúde do Trabalhador
  • hipertensão e diabetes e IST’s
  • Sorteio de brindes 
  • Avaliação psicológica pré-teste

Em parceria com o Cras será ofertado atualização cadastral do CAD. ÚNICO e orientação do INSS.

O tema deste ano, “O nosso planeta, a nossa saúde”, serve como um lembrete oportuno da ligação inextricável entre o planeta e a nossa saúde, à medida que o fardo das doenças não transmissíveis e infecciosas aumenta em paralelo com a incidência crescente de desafios relacionados com o clima.

As alterações climáticas têm vindo a manifestar-se com o aumento das temperaturas, a subida dos níveis do mar, as mudanças no regime das chuvas e as condições meteorológicas extremas mais frequentes e mais graves. A OMS estima que mais de 13 milhões de mortes anuais no mundo sejam devidas a causas ambientais evitáveis, incluindo a crise climática.

Com consequências diretas nos principais determinantes da saúde, as alterações climáticas estão a ter um impacto negativo na qualidade do ar e da água, na segurança alimentar, bem como no habitat e abrigo humanos. As repercussões do fardo das doenças cardíacas e pulmonares, dos acidentes vasculares cerebrais e do cancro, entre outros, são evidenciadas pelas estatísticas que revelam que as doenças não transmissíveis representam uma percentagem crescente do fardo das doenças em África. 

Na Região Africana, o fardo das doenças não transmissíveis deverá ultrapassar o das doenças transmissíveis e das patologias maternas, neonatais e nutricionais combinadas, tornando-se a principal causa de morte em 2030.  A COVID-19, a par das crescentes taxas de obesidade, diabetes e hipertensão, tem agravado esta situação, realçando a urgência de uma resposta multissetorial.

A maioria das ocorrências de saúde pública registadas ao longo das últimas duas décadas esteve relacionada com o clima, seja devido a doenças de transmissão vectorial, doenças transmitidas pela água, doenças transmitidas pelos animais aos seres humanos ou catástrofes naturais. Por exemplo, as doenças diarreicas constituem a terceira principal causa de doença e morte em crianças com menos de cinco anos em África. Uma percentagem significativa destas doenças e óbitos pode ser evitada através do fornecimento de água potável e serviços de saneamento e higiene adequados. 
No entanto, a escassez de água representa uma realidade para um em cada três africanos, enquanto cerca de 400 milhões de pessoas na África sub sariana não têm acesso básico a água potável. Cerca de 45% de todas as mortes de crianças estão também associadas à mal nutrição, que se sabe estar ligada à diarreia .
Entretanto, num mundo em que as temperaturas não param de subir,  a propagação de doenças transmitidas por mosquitos tem vindo a aumentar como nunca antes, criando graves consequências para os países africanos que notificaram 94% dos 229 milhões de casos de paludismo registados a nível mundial em 2019. As mortes imputáveis ao paludismo em África representaram cerca de 51% de todas as mortes causadas por esta doença em todo o mundo. 

Em 2018, os ministros africanos da Saúde e do Ambiente aprovaram a Declaração de Libreville sobre Saúde e Ambiente em África, adoptada e assinada em 2008. Trata-se de um quadro apoiado pela OMS que visa promover o investimento público na luta contra problemas ambientais que afetam a saúde humana – como a poluição atmosférica, a contaminação de fontes de água e os danos causados nos ecossistemas.
Como parte desta Declaração, a OMS tem apoiado os Estados-Membros na Região Africana nos seus esforços de avaliação da vulnerabilidade dos países, da situação na qual se encontram e das lacunas que devem ser colmatadas, bem como na criação de planos nacionais de adaptação da saúde às alterações climáticas. A Organização apoia igualmente os países na apresentação de planos nacionais de adaptação, contendo intervenções essenciais de saúde publica, à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. 

Exemplos recentes incluem a implementação de projetos na Etiópia, Gana , Maláui, Moçambique, Tanzânia e Zimbabué . Estas ações incidem em questões como a execução de projetos de água e saneamento resilientes ao clima, a avaliação da capacidade das unidades de saúde para lidar com as secas induzidas pelas alterações climáticas e o reforço da resiliência dos sistemas de saúde.

Muitos países  implementaram sistemas de alerta e intervenção rápida para identificar potenciais riscos de doenças transmitidas pela água ou por vectores sensíveis ao clima. Por exemplo, um painel de dados que mede casos que excedem o nível endémico ajudou a detectar um surto de paludismo na Etiópia em 2020. Foi posteriormente elaborado um plano de preparação e resposta a emergências de paludismo.

Com uma população africana que deverá atingir 2,5 mil milhões de habitantes até 2050, é de esperar que haja uma intensificação da urbanização em áreas expostas a perigos naturais, e um aumento concomitante de lesões, doenças e mortes associadas. Como tal, exorto os nossos Estados-Membros a iniciarem urgentemente ações de adaptação e mitigação. 

Os governos, as organizações da sociedade civil, as organizações não governamentais e as comunidades devem trabalhar em conjunto, apoiando-se mutuamente de modo a garantir a prestação continuada de serviços essenciais de saúde durante eventos extremos futuros, ao mesmo tempo que se contem a incidência crescente de doenças relacionadas com o ambiente e os estilos de vida.

Não podemos dar-nos ao luxo de perder de vista a verdade fundamental de que a crise climática, a maior ameaça que a humanidade enfrenta atualmente, é também uma crise sanitária.

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