Nova versão da Lava Jato apresenta denúncia contra Dirceu por corrupção e lavagem de dinheiro
A nova versão da Lava-Jato no Paraná, agora integrada ao Gaeco, apresentou uma nova denúncia contra o petista José Dirceu, o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque e mais 13 investigados.
Os crimes variam de formação de cartel, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude à licitação, crimes praticados em licitações e contratos na área de “serviços compartilhados”, de responsabilidade da Diretoria de Serviços da Petrobras.
Dirceu é acusado de receber propina para favorecer as empresas Personal e Hope na Diretoria de Serviços da Petrobras, então comandada por Renato Duque.
“O esquema ilícito envolveu pagamentos sistemáticos de propinas por representantes das empresas Hope Recursos Humanos S.A e Personal Service Recursos Humanos e Assessoria Empresarial LTDA em troca de favorecimentos em grandes contratos com a estatal brasileira”, diz o MPF.
Essa é a primeira denúncia oferecida no âmbito da Lava-Jato paranaense depois da integração com o Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPF. A Lava-Jato já soma 131 denúncias e mais de 530 denunciados.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Duque, Dirceu, seu irmão Luiz Eduardo, seu ex-assessor Roberto Marques e o empresário Fernando Moura receberam pelo menos R$ 18 milhões para beneficiar a Personal em 40 contratos com a Petrobras no valor total de R$ 2,6 bilhões.
Eles também receberam pelo menos R$ 30 milhões para beneficiar a empresa Hope em nove contratos com a Petrobras no valor total de R$ 1,8 bilhão. Os serviços incluíam apoio à gestão, projetos, administração e recepção.
