Pastor causa polêmica ao dizer que Bíblia precisa acolher gays
Durante uma pregação feita no último domingo (25), na Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo, o pastor Ed René Kivitz causou polêmica ao contestar a doutrina da inerrância da Bíblia (que defende que o livro sagrado é livre de erros e contradições) e dizer que ela precisa ser “atualizada” para que gays deixem de ser condenados ao inferno.
Na pregação intitulada de “Cartas vivas contra letras mortas”, Kivitz diz que a Palavra de Deus é “insuficiente”, ao afirmar que o grande desafio da igreja contemporânea é ver a Bíblia como um livro “que precisa ser relido, ressignificado”.
– [A Bíblia é] um livro que precisa ser relido, ressignificado, para que os princípios de vida que esse livro encerra, e que essa revelação encerra, saltem dessas páginas promovendo libertação e justiça e relações de amor no nosso mundo – afirmou.
René Kivitz, então, usa o exemplo da aceitação da homossexualidade e do papel do homem e da mulher no casamento para defender o ponto de vista de que as Escrituras precisam ser atualizadas e com isso seja possível “enfrentar os pecados de gênero”.
– Se queremos ser cartas para o novo mundo, se a Igreja quer ser carta para o novo mundo, nós vamos precisar atualizar a Escritura e vamos ter de fazer essa atualização e ter essa coragem de enfrentar os pecados de gênero – destaca.
Em outro ponto, o pastor também sugere que os gays não deveriam mais ser condenados ao inferno por causa de “dois ou três textos bíblicos que não foram atualizados”.
– Nós vamos ter de ter coragem de enfrentar isso – diz.
Em resposta ao que foi dito por Kivitz, o pastor Renato Vargens, colunista do Pleno.News e sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro, afirmou que é a Bíblia, na verdade quem “nos protege do erro” e que a Escritura Sagrada não precisa ser moldada conforme a cultura.
– A este senhor, como a todos que relativizam as Escrituras, afirmo que a Bíblia continua sendo o escudo que nos protege do erro. Ela é luz para os nossos caminhos e seus ensinos e doutrinas são atemporais. Isso faz com que entendamos que não precisamos moldar o texto sagrado segundo a cultura – completa.