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Copom eleva Selic a 10,75% e juros básicos voltam aos dois dígitos depois de quatro anos e meio

Segundo projeções de analistas do mercado financeiro, a Selic deve voltar a subir em março, para 11,75% ao ano, e permanecer neste patamar até o fim do ano

   Na noite desta quarta-feira (02), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic de 9,25% ao ano para 10,75% ao ano – alta de 1,5 ponto percentual.

É o 8º aumento consecutivo na taxa. Com isso, a Selic voltou ao patamar de dois dígitos pela primeira vez em quatro anos e meio. A última vez em que ela esteve neste patamar foi em julho de 2017, quando era de 10,25% ao ano.

Segundo projeções de analistas do mercado financeiro, a Selic deve voltar a subir em março, para 11,75% ao ano, e permanecer neste patamar até o fim do ano.

O aumento da taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para enfrentar a inflação. A sequência de altas na Selic, portanto, é uma tentativa do Copom de conter o movimento de alta de preços registrado nos últimos meses.

A inflação fechou 2021 em 10,06%, o maior índice desde 2015. Para 2022, o mercado financeiro já prevê inflação acima dos 5%.

O aumento da Selic, entretanto, resulta em empréstimos bancários com juros mais altos. No ano passado, o aumento do juro bancário foi o maior em seis anos.

Ao encarecer os empréstimos, a alta da Selic influencia negativamente no consumo da população e nos investimentos produtivos.

Dessa maneira, impacta negativamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda.

Além disso, o aumento da Selic gera uma despesa adicional com juros da dívida pública.

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