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Petista “exaltado” por Lula ainda não foi julgado por agressão

Manoel Marinho, o Maninho do PT, e o filho Leandro Marinho foram denunciados por tentativa de homicídio

   Exaltado pelo ex-presidente Lula (PT) durante um evento no último sábado (9), o ex-vereador Manoel Marinho, o Maninho do PT, ainda não foi julgado pela agressão ao empresário Carlos Alberto Bettoni, que aconteceu em abril em 2018, em frente ao Instituto Lula, na cidade de São Paulo.

Bettoni estava no protesto de um grupo que, no dia 5 de abril de 2018 – data em que o ex-juiz Sergio Moro determinou a prisão de Lula -, se manifestou a favor de que o ex-presidente fosse preso. Em certo momento, durante uma confusão com políticos petistas, o empresário foi empurrado, bateu com a cabeça na traseira de um caminhão e caiu desacordado.

Após o ocorrido, o empresário foi hospitalizado e ficou por vários dias na UTI. Ele foi diagnosticado com traumatismo craniano, que posteriormente o deixou com outros problemas de saúde. Por causa da agressão, Bettoni ficou impossibilitado de trabalhar. Com crises convulsivas, sequelas neurológicas e nervosas, ele foi internado por diversas vezes desde que sofreu o ato de violência.

No final do ano passado, Bettoni teve uma nova crise convulsiva e precisou ser internado em uma Unidade de Pronto Atendimento. Durante o período em que aguardava a transferência para um hospital, ele contraiu Covid-19 e, mesmo com duas doses de vacina, teve o quadro agravado por causa de comorbidades. O empresário morreu no dia 30 de dezembro de 2021.

SOBRE O PROCESSO
Apesar de o fato ter acontecido há mais de quatro anos, Maninho do PT e seu filho, Leandro Marinho, ambos denunciados no caso, ainda não foram julgados. O advogado Daniel Bialski, que representa Bettoni, relatou que sequer foi proferida a sentença de primeira instância que autoriza o julgamento pelo Tribunal do Júri.

O ex-parlamentar e o filho foram acusados pelo Ministério Público pelo crime de tentativa de homicídio doloso qualificado, ou seja, com intenção de matar. Os dois se tornaram réus em maio de 2018, pouco mais de um mês após a agressão, e ficaram presos preventivamente por sete meses.

Em dezembro de 2018, os dois foram soltos por meio de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Antes disso, a Justiça de São Paulo chegou a rejeitar a soltura dos dois em três ocasiões diferentes. Na primeira delas, a juíza Debora Faitarone aceitou a denúncia contra os dois e destacou a “brutalidade e enorme covardia” com a qual ambos agiram.

Após outras duas negativas da Justiça paulista, em junho e novembro de 2018, a 5ª Turma do STJ concedeu a liberdade a Maninho e Leandro, em dezembro daquele ano. Inicialmente, os ministros consideraram que nem caberia analisar o pedido, mas depois concederam o habeas corpus de ofício, pois avaliaram que seria possível aplicar medidas alternativas.

DECLARAÇÃO DE LULA
O “agradecimento” de Lula ao ex-vereador foi feito no último sábado (9), durante um discurso na cidade de Diadema, em São Paulo. Em sua fala, o ex-presidente afirmou que Maninho ficou preso por defendê-lo e disse ter uma “dívida” com o ex-parlamentar.

– Esse companheiro Maninho, por me defender, ficou preso sete meses, porque resolveu não permitir que um cara ficasse me xingando na porta do Instituto [Lula]. Então, Maninho, eu quero agradecer, porque foi o Maninho e o filho dele que estiveram nessa luta. Essa dívida que eu tenho com você jamais a gente pode pagar em dinheiro – declarou.

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