Leite deixa recado para o governo federal e cita burocracia

     Nesta sexta-feira (8), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), usou as redes sociais para deixar um recado e um apelo ao governo federal para que a burocracia não atrapalhe a ajuda ao estado. As declarações foram dadas na plataforma X (antigo Twitter).

– Nosso principal apelo neste momento ao governo federal, que tem se mostrado sensível à situação do Estado, é de que não se deixe a burocracia emperrar a reconstrução das cidades atingidas pela enchente no Vale do Taquari. É natural que, ao lidar com dinheiro público, tenhamos que seguir ritos e processos, mas estamos falando de cidades que foram quase totalmente destruídas e que não têm nem mesmo a capacidade técnica de elaborar planos de trabalho agora – declarou.

O vice-presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), que ocupa a Presidência da República enquanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está fora do país para a reunião do G20 na Índia, disse, nesta sexta-feira (8), que irá ao Rio Grande do Sul no domingo (10).

O Rio Grande do Sul está sendo atingido por fortes chuvas e enchentes que já mataram ao menos 41 pessoas, em razão de um ciclone. Serão visitadas por Alckmin as cidades de Lajeado, Roca Sales e Arroio do Meio, no interior gaúcho, se os planos não forem alterados.

SALA DE SITUAÇÃO PERMANENTE
De acordo com o vice-presidente, foi criada uma sala de situação permanente. Ele disse que o governo federal enviará 20 mil cestas de alimentos ao Rio Grande do Sul, com as primeiras 5 mil chegando no domingo.

Haverá uma ajuda federal para os municípios de R$ 800 por pessoa desabrigada. Alckmin também citou o envio de kits de medicamentos para atender 15 mil pessoas, entre outras medidas.

Segundo o vice-presidente, Marinha e Exército forneceram botes para o governo do estado, além de oito helicópteros das Forças Armadas.

– São 450 militares trabalhando para mitigar os efeitos das chuvas no local – disse Alckmin.

O ministro da Secretaria de Comunicação, o gaúcho Paulo Pimenta, afirmou que ainda não há estimativa de valor para a soma das medidas anunciadas.

Alckmin e Pimenta falaram a jornalistas no Palácio do Planalto ao lado dos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional).

Antes, eles tiveram reunião com outros ministros para discutir as ações. Uma nova reunião do tipo deve ser realizada ainda nesta sexta.

*Com AE