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AGORA: Lira sinaliza que deve engavetar pedido de impeachment de Lula

Desde a noite anterior, Zambelli intensificou as conversas com diversos parlamentares, e a expectativa é de que membros das frentes parlamentares evangélica e católica contribuam para fortalecer a denúncia.

     Apesar do intenso movimento da oposição, aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmam que as chances de ele dar continuidade ao pedido de impeachment do presidente Lula, a ser apresentado nesta quarta-feira (21) pela oposição, são praticamente inexistentes.

Até a noite de terça-feira, 20, 122 parlamentares já haviam assinado o pedido de impeachment. A deputada Carla Zambelli (PL-SP), autora da ação, planeja protocolar o documento apenas nesta quarta-feira, e há projeções de que o pedido alcance pelo menos 130 assinaturas.

Desde a noite anterior, Zambelli intensificou as conversas com diversos parlamentares, e a expectativa é de que membros das frentes parlamentares evangélica e católica contribuam para fortalecer a denúncia.

Os parlamentares de oposição buscam apresentar um pedido com maior adesão do que a ação contra Dilma Rousseff em 2016, que contou com 124 assinaturas. Mesmo com um número considerável de apoios, Lira já indicou que não dará seguimento a uma denúncia por crime de responsabilidade contra Lula, especialmente por falas consideradas desastrosas por alguns parlamentares. Além disso, líderes de partidos como Republicanos, PP, PSD e MDB também não respaldaram o pedido da oposição, o que complica o trâmite da matéria.

Mesmo na oposição, não há unanimidade quanto ao pedido de impeachment. O coordenador da bancada paulista na Câmara, Antonio Carlos Rodrigues, posicionou-se contra o pedido, apesar de ser membro do partido de Jair Bolsonaro, o PL.

No pedido de impeachment, os parlamentares alegam que as declarações do presidente associando a guerra em Israel ao Holocausto configuram um crime de responsabilidade de acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal.

Citam: “São crimes de responsabilidade contra a existência política da União: 3 – cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.

No início desta semana, durante sua visita à Etiópia, o presidente Lula rotulou a atuação de Israel na Faixa de Gaza como genocida, estabelecendo uma comparação entre esse episódio e o Holocausto judeu ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial.

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