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“Aqui pra eles”: governador dá ‘banana’ a ativistas ambientais que querem impedir Ferrogrão em MT

A delegação internacional de ativistas e políticos de esquerda deve desembarcar no Brasil no dia 15 de agosto para pressionar contra a construção da Ferrogrão

  O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a criticar ativistas ambientais que prometem vir a Mato Grosso protestar contra a construção da Ferrogrão, que irá ligar Sinop até o Porto de Miritituba, no Pará. Durante lançamento do programa Imuniza Mais MT, nesta quarta-feira (21), o democrata garantiu que até irá receber a comitiva para um debate, mas que não deve ‘baixar guarda’ e manter a defesa da implantação dos trilhos.

“Serão bem vindos, gastarão um dinheirinho em nossos hotéis, vamos dar uma peixada a eles, mas a conversa será clara. O Brasil tem as leis ambientais mais restritivas do Mundo. Eles têm lá dez vezes mais ferrovias que temos aqui e vem dizer que não podemos fazer a Ferronorte, aqui pra eles (…)”, disse, completando com o gesto de banana (dobrando um braço de punho fechado e apoiando a outra mão na dobra desse braço).

A delegação internacional de ativistas e políticos de esquerda deve desembarcar no Brasil no dia 15 de agosto para pressionar contra a construção da Ferrogrão. A comitiva é ligada à Internacional Progressista, entidade criada no ano passado pelo senador americano Bernie Sander e pelo ex-ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, e que reúne políticos, ativistas e celebridades de diferentes países.

“Se vierem aqui protestar contra a Ferrogrão vai tomar na testa. Vou recebê-los para um debate. Vamos começar dizendo que temos 80% de mata preservada nessa região, e questionar qual a porcentagem de mata nos EUA, França (…). O dia que chegarem à metade do que nós temos, daí poderão aqui pra conversar conosco. Caso contrário, devem voltar para seus países e começarem a plantar árvore por lá”, pontuou.

Além do movimento internacional, cerca de 40 entidades da sociedade civil e de pesquisa enviará uma carta aberta a bancos e instituições financeiras para tentar evitar que seja concedido financiamento à Ferrogrão. Conforme colocado no documento, a estrada de ferro de 933 KM pode gerar desmatamento equivalente ao tamanho da cidade de São Paulo e afetar comunidades indígenas. O grupo aponta alternativas de escoamento da safra com impactos ambientais menores.

Após consulta pública, a proposta da Ferrogrão está em avaliação pelo Tribunal de Contas da União desde 10 de julho de 2020. O investimento necessário previsto é de R$ 25,2 bilhões.

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