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SP tem mais 4 mortes por sarampo e número no estado chega a 9 no ano; campanha de vacinação começa segunda

 A Secretaria Estadual de Saúde confirmou nesta quarta-feira (2) mais quatro mortes por sarampo no estado de São Paulo. No total, nove pessoas já morreram no estado por complicações da doença em 2019. Não se morria de sarampo em São Paulo desde 1997.

Para aumentar a imunização, uma nova campanha de vacinação será lançada nesta segunda-feira (7). A meta é alcançar crianças de 6 meses a 5 anos que ainda não foram imunizadas. as doses estarão disponíveis nos postos para este público até o dia 25 de outubro. No dia 19, um sábado, haverá o “Dia D”, quando os postos de saúde estarão abertos para facilitar o acesso dos pais e responsáveis.

As quatro novas mortes são, segundo a Secretaria:

  • São Paulo: Um bebê do sexo feminino, com 11 meses e não vacinada
  • Itanhaém: Uma mulher de 46 anos, com condições de risco
  • Francisco Morato: Uma mulher de 59 anos, sem histórico vacinal
  • Osasco: Um homem de 25 anos, sem registro de vacinação

A secretaria também divulgou nesta quarta-feira o novo balanço de casos da doença no estado. O número total de confirmações subiu para 5.411 em 2019. O valor representa crescimento de 5,3% em relação ao registro de 5.139 casos da semana anterior.

A cidade de São Paulo concentra 57% dos casos de sarampo no ano. São 3.113 casos no total. Outras cidades com grande número ficam na Região Metropolitana: Santo André (171 casos), São Bernardo do Campo (171), Guarulhos (137), Barueri (122), Osasco (119), Mauá (107), Francisco Morato (98) e Carapicuíba (94).

Após as primeiras três mortes confirmadas em agosto, a Secretaria Municipal da Saúde anunciou a intensificação das ações de vacinação para bebês de seis meses até dois anos de idade, com presença nas creches e busca ativa nas casas de pais que estão com as vacinas das crianças atrasadas.

No estado, continua a campanha de vacinação de dose extra para bebês de seis meses a um ano, seguindo orientação nacional do Ministério da Saúde. A faixa etária é considerada mais vulnerável a casos graves e mortes, e representa cerca de 13% do total de casos registrados em São Paulo.

A aplicação da chamada “dose zero” não é contabilizada no calendário de vacinação das crianças nessa faixa etária. Ou seja, os pais ou responsáveis também deverão levá-las aos postos para receber a tríplice viral aos 12 meses e aos 15 meses para aplicação do reforço com a tetraviral.

Campanha nacional

Devido ao aumento de número de casos no Brasil, liderados por São Paulo, o Ministério da Saúde também anunciou nesta quarta-feira (25) uma nova campanha de vacinação nacional, que será dividida em duas etapas.

Entre 7 e 25 de outubro uma primeira etapa da campanha de vacinação, com foco nas crianças de seis meses a menores de 5 anos de idade. O chamado “Dia D” será em 19 de outubro.

A segunda etapa vai ocorrer entre 18 e 30 de novembro, tendo a população de 20 a 29 anos de idade como público alvo. O “Dia D” será em 30 de novembro.

Mesmo sem campanhas específicas, pessoas de todas as idades podem procurar as Unidades Básicas de Saúde para regularizar a carteirinha de vacinação gratuitamente. A secretaria afirma que apenas em quem tiver alguma pendência será vacinado (Veja abaixo quem deve se vacinar).

Também continuam sendo realizadas as ações de bloqueio. Quando há notificação de casos de sarampo, agentes de saúde vacinam, sem discriminação de idade ou situação vacinal, as pessoas que tiveram contato com a possível vítima da doença em locais como ambiente de trabalho e condomínio.

A recomendação para as mães de crianças com idade inferior a 6 meses – que não podem tomar a vacina – é evitar exposição a aglomerações, manter higienização adequada, ventilação de ambientes, e sobretudo que procurem imediatamente um serviço de saúde diante de qualquer sintoma da doença.

Os sintomas da doença podem ser: manchas vermelhas pelo corpo, febre, coriza, conjuntivite e manchas brancas na mucosa bucal.

Quem deve se vacinar

  • Bebês de 6 meses a 1 ano incompletos devem tomar a “dose zero”, que é extra. Ao completar 12 meses, devem tomar normalmente uma dose da tríplice viral. Aos 15 meses, devem tomar uma dose da tetravalente.
  • Pessoas de 12 meses a 29 anos de idade devem ter duas doses da tríplice viral comprovadas. Se não está marcada na carteirinha ou não se lembra, deve procurar uma UBS e regularizar a situação;
  • Adultos de 30 a 59 anos devem ter pelo menos 1 dose da tríplice viral;
  • Adultos com mais de 60 anos não precisam se vacinar, por já terem tido contato com a doença no passado;

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