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Por anos, Sinovac pagou suborno para aprovação de vacinas

  Foco de grande repercussão atualmente no Brasil por desenvolver uma vacina para Covid-19 em parceria com o Instituto Butantan, o laboratório chinês Sinovac Biotech tem em seu passado uma “nuvem” de subornos que inclui pagamentos de propina por quase uma década para aprovação acelerada de diversas vacinas. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (4) pelo jornal americano Washington Post.

Segundo a publicação, em um testemunho dado para a Justiça em 2016, o fundador e presidente-executivo da Sinovac, Yin Weidong, admitiu ter dado mais de 83 mil dólares (R$ 428,6 mil) em subornos, entre os anos de 2002 e 2011, para um oficial regulador que supervisionava as análises de vacinas, chamado Yin Hongzhang. O técnico, que também depôs no processo, confessou ter expedido certificações para as vacinas do laboratório em troca do suborno.

Ironicamente, os anos corresponderam exatamente a um período de grande crescimento da Sinovac, quando a start-up de biotecnologia fundada em 2001 foi escolhida por funcionários de Pequim para liderar o desenvolvimento de vacinas para SARS, gripe aviária e gripe suína.

Hongzang foi condenado em 2017 a uma década de prisão por aceitar subornos da Sinovac e de sete outras empresas. Já Weidong, agora com 56 anos, não foi acusado e continua a supervisionar a campanha de vacinação contra o coronavírus da empresa este ano, que inclui os acordos com o governo de São Paulo para o desenvolvimento conjunto do imunizante.

O caso envolvendo o CEO da empresa, porém, não foi o único registro de pagamentos de suborno na história da companhia: ao menos 20 funcionários do governo e administradores de hospitais em cinco províncias admitiram para os tribunais terem aceitado subornos de funcionários da Sinovac entre 2008 e 2016.

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