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Diretora-geral do Senado é processada por suposto assédio

No processo, a ex-servidora do Senado Dinamar Santos, que trabalhou diretamente com Trombka entre 2017 e 2018, alega que a diretora-geral protagonizou episódios de “perseguição e boicote” contra ela.

   A diretora-geral do Senado Federal, Ilana Trombka, está sendo processada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) por uma ex-servidora da Casa por suposto assédio moral. Trombka foi intimada, no dia 23 de março, a prestar esclarecimentos.

No processo, a ex-servidora do Senado Dinamar Santos, que trabalhou diretamente com Trombka entre 2017 e 2018, alega que a diretora-geral protagonizou episódios de “perseguição e boicote” contra ela. Santos conta que, mesmo depois de ter pedido para mudar de área, em 2019, para não ser mais subordinada de Trombka, servidores do Senado lhe alertaram que a diretora-geral “estava no pé” e “de olho” em tudo que ela fazia.

A ex-servidora contou no processo que este aviso veio de sua chefia durante uma reunião de coordenação no Instituto Legislativo Brasileiro. Santos contou que fez uma solicitação de Lei de Acesso à Informação pedindo dados de servidores admitidos no Senado por gênero e que seu chefe perguntou o motivo da solicitação via LAI alegando que Trombka “estava de olho”.

Santos afirmou também que foi nominalmente convidada pelo Ministério da Defesa para dar uma palestra organizada pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados, mas que Trombka designou outro servidor e a impediu de falar no evento.

Santos, segundo consta no processo, formalizou uma denúncia contra Trombka no setor de Qualidade de Vida do Senado e ouviu da servidora que lhe atendeu que ela “não era a primeira pessoa” a reclamar do trato da diretora-geral do Senado. O áudio dessa conversa com a funcionária desse setor está anexado no processo. A ex-servidora, contudo, decidiu não seguir com a denúncia por medo de mais represálias de Trombka.

Meses depois, ainda em 2019, Santos foi alvo de uma investigação preliminar instaurada pela diretora-geral. O motivo foi uma denúncia à Polícia do Senado contra Santos, em que ela foi acusada de assédio moral. A abertura da apuração preliminar é regra do regimento interno do Senado sempre que há uma denúncia à Polícia da Casa. Santos, contudo, alega que foi “perseguição” de Trombka contra ela. O caso foi arquivado.

À coluna, a diretora-geral do Senado nega que tenha tido qualquer tipo de comportamento inadequado com a ex-servidora e afirma que a apuração não foi aberta somente contra Santos, mas também contra a servidora que fez a acusação.

“A Polícia do Senado fez apurações que tinha que fazer e encaminhou para mim o resultado. Um ato do primeiro secretário do Senado orienta como a gente deve tratar casos de assédio moral e o artigo diz que a gente deve instaurar uma apuração preliminar. E eu abri a apuração das duas, cada uma teve uma apuração preliminar”, explicou Trombka.

A diretora-geral do Senado apontou também que a Justiça ainda não analisou a denúncia e que o caso ainda está nas primeiras diligências. Trombka afirma também que faz uma boa gestão no Senado e que “dados objetivos” comprovam que a Casa bateu recordes positivos em matérias de gênero e clima no ambiente de trabalho durante seus anos como diretora-geral.

Créditos: Metrópoles/Guilherme Amado.

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