✦ Eleições 2022

Auditorias se posicionam após decisão de Alexandre de Moraes

Audiency informou que "seria impossível" para um ser humano realizar a checagem das mais de 5 mil emissoras monitoradas para a campanha

   As empresas de auditoria contratadas pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para apurar o caso das inserções que teriam sido veiculadas em número menor do que o previsto se posicionaram após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, negar prosseguir com a apuração do fato.

Em nota, a Audiency Brasil disse que citou apenas oito emissoras, porque “o objetivo foi apresentar de forma mais resumida, o que estava sendo entregue na sequência das páginas anexadas ao processo”, e que “todas as provas necessárias estão disponibilizadas”.

– Seria impossível para um ser humano realizar a checagem, em 24h, das mais de 5 mil emissoras monitoradas para a campanha. Procuramos facilitar o processo, citando apenas oito, que foram escolhidas de forma aleatória, permitindo que as partes conseguissem ouvir os áudios e tirar qualquer dúvida sobre a entrega – acrescentou.

A empresa ainda rebateu uma das alegações que constaram na decisão de Moraes, de que a auditoria não teria identificado áudios que efetivamente teriam sido veiculados. De acordo com a Audiency, os áudios foram efetivamente identificados, mas eles não estavam sendo veiculados em conformidade com o chamado Pedido de Inserção (PI).

– Esse fato rebate alguns questionamentos sobre emissoras que alegaram ter publicado spots não identificados pela plataforma. Reforçamos que a plataforma identificou áudios, no entanto, esses áudios não estavam sendo veiculados em conformidade com o PI [Pedido de Inserção] – declarou.

A Soundview, por sua vez, declarou que foi contratado um “monitoramento 24×7 de milhares de emissoras de rádio de todo o Brasil, inclusive no interior dos estados com a gravação e submissão da tecnologia proprietária de reconhecimento de áudio, que consegue em tempo real, gerar relatórios com datas e horários exatos de inserções em cada emissora de rádio indexada”.

A empresa ainda apresentou, no comunicado, uma lista de seus clientes, que inclui o Ministério da Saúde, o Banco do Brasil, a Caixa e a Secom; a última, inclusive, ainda nos governos de Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT). Em 2018, a Soundview atendeu à campanha de Dilma ao Senado por Minas Gerais.

DECISÃO DE MORAES
Na noite desta quarta-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou o pedido apresentando pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar irregularidades em inserções de rádios. O ministro considerou que os dados apresentados à Corte pelo candidato à reeleição “são inconsistentes”.

Nesta segunda (24), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, apresentou a denúncia e disse que mais de 150 mil inserções de Bolsonaro deixaram de ser veiculadas em rádio. Na terça (25), a campanha do presidente enviou provas que comprovariam a medida.

Ao negar o pedido de investigação, Moraes apontou que os “erros e inconsistências apresentados nessa pequena amostragem de oito rádios são patentes”. Além disso, ele explicou que “diante de discrepâncias tão gritantes, esses dados jamais poderiam ser chamados de ‘prova’ ou ‘auditoria’”.

Para o presidente do TSE, “não restam dúvidas de que os autores – que deveriam ter realizado sua atribuição de fiscalizar as inserções de rádio e televisão de sua campanha – apontaram uma suposta fraude eleitoral às vésperas do segundo turno do pleito sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova, em manifesta afronta à Lei n. 9.504, de 1997, segundo a qual as reclamações e representações relativas ao seu descumprimento devem relatar fatos, indicando provas, indícios e circunstâncias”.

O ministro ainda acionou o procurador-Geral Eleitoral, Augusto Aras, para apurar um “possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito” pela campanha de Bolsonaro; a Corregedoria-Geral Eleitoral e ainda enviou o caso para o Supremo Tribunal Federal (STF).

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