✦ Agronegócio

SOJA: Plante tudo o que puder

 
 

 Na avaliação do analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Pacheco, não há dúvida para a próxima safra: “Nossa recomendação é: plante tudo o que puder”. O especialista afirma que, nesse momento em que o produtor define se aumenta ou não a área plantada de soja, as perspectivas são as melhores possíveis em função da necessidade de compra da China.

De acordo com o especialista, a demanda do gigante asiático não só continuará como aumentará. “Porque a peste suína se espalhou por todo o rico Sudeste Asiático e pela Rússia Asiática também. Leva-se dois anos para voltar a produzir um rebanho de suínos”, justifica Pacheco. 

Por outro lado, explica ele, mesmo que a China faça algum acordo com os Estados Unidos os chineses “não abrirão mão da demanda na América do Sul, que lhes dá enorme poder de barganha”. Segundo o analista da T&F, isso parece “difícil, porque os americanos querem atacar o coração da riqueza da China, que é a industrialização, no que os chineses não irão concordar facilmente, por isso a demora no acerto”.

Mesmo tentando mostrar gestos de boa vontade para com os EUA, a China não se afastou da América do Sul, nem do Brasil. Nesta semana foram negociados cerca de 11 cargos, ou 660 mil tons entre Brasil e Argentina. Embora os prêmios tenham recuado levemente para safra velha, permaneceram praticamente inalterados para safra nova, que é a janela tradicional de nossa exportação.

E O PREÇO?

Ainda de acordo com Pacheco, o relatório de estoques a ser divulgado nesta segunda-feira será importante para a determinação dos preços, podendo aumentar a volatilidade a curto prazo:  “Mas, a médio e longo prazos, não acreditamos que permitam grandes altas em Chicago, porque devem se situar em cinco vezes o volume médio das temporadas anteriores a 2017”. 

“A menos que China faça compras em um total de 20 milhões de toneladas (MT), não acreditamos que as cotações de Chicago possam ultrapassar $ 9,20/bushel nos próximos meses. Ela absolutamente não precisa, diante da queda da sua demanda interna e da disponibilidade na América do Sul”, sustenta.

“Como os prêmios no Brasil estão andando de lado, sem cair muito e sem subir muito e o dólar idem (embora a previsão dos analistas da Focus seja de um nível de R$ 3,90 para a moeda americana em 2020, o que deveria levar os responsáveis pela gestão financeira das empresas exportadoras a fixar agora o dólar na B3), não acreditamos que os preços da soja em R$/saca possam subir muito mais do que os níveis em que estiveram na semana passada (R$ 85,00 em Passo Fundo e Ponta Grossa). Nossa recomendação continua sendo a de vender em qualquer alta que houver e aplicar o dinheiro no mercado financeiro ou na sua empresa”, conclui Pacheco.

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